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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Bem-aventurado José de Anchieta

Nascido nas Ilhas Canárias, pertencente a uma grande família de 12 irmãos, o santo de hoje viveu no século XVI.
Por motivos de estudo, foi enviado para Coimbra – Portugal, local onde teve o primeiro contato com a Companhia de Jesus e com o testemunho de São Francisco Xavier.
Muitas coisas o levaram a discernir seu chamado à vida religiosa, e aos 17 anos diante de uma imagem de Nossa Senhora, ele fazia o seu compromisso de abandonar tudo e servir a Deus.
Anchieta entrou na Companhia de Jesus em 1551, fez um noviciado exigente, e mesmo com a saúde frágil fez os seus votos de castidade, pobreza e obediência, em 1553. Neste mesmo ano foi enviado para o Brasil, e chegando na Terra de Santa Cruz ele pôde evangelizar.
Ainda não era sacerdote. Estudava Filosofia, Teologia, e sempre evangelizando, dando aulas, indo ao encontro dos indígenas. Respeitava a cultura do povo, conheceu a língua Tupi-Guarani para melhor evangelizar.
Homem fiel à santa doutrina, à sua congregação e acima de tudo, fiel ao Espírito Santo.
Esteve em diversos lugares do Brasil, como São Paulo, Rio de janeiro, Espírito Santo, Bahia etc. Consumia-se na missão.
José de Anchieta é um modelo para todos os tempos, para uma nova evangelização no poder do Espírito Santo e com profundo respeito a quem nos acolhe, a quem é chamado também a ser inteiro de Jesus.

domingo, 8 de junho de 2025

São Medardo

Medardo nasceu no ano 457 em Salency, norte da França. Sua mãe era descendente de uma antiga e tradicional família romana, seu pai era um nobre da corte francesa e seu irmão Gildardo, foi Bispo de Rouen, mais tarde canonizado pela Igreja. Esta posição social lhe garantiu uma educação de primeiro nível. Desde criança foi colocado sob a tutela do Bispo de Vermand, para receber uma aprimorada formação intelectual e religiosa.
Piedoso e inteligente, logo se evidenciaram seus dons de caridade e humildade, com atitudes que depois eram comentadas por toda a cidade. Ele chegava a ficar sem comer para alimentar os famintos e, certa feita, tirou a roupa do corpo para dá-la a um velhinho cego e quase despido que lhe pediu uma esmola.
Medardo ordenou-se sacerdote aos trinta e três anos e imediatamente começou uma carreira de pregador que ficaria famosa pelos séculos seguintes. No ano 530 sucedeu o Bispo de Noyon, sendo consagrado pelas mãos do Bispo de Reims, Remígio, hoje Santo, o qual era também conselheiro do rei Clotário, embora este ainda não tivesse se convertido e tolerava o cristianismo.
Foi pelas mãos do bispo Medardo que a rainha Radegunda, tomou o hábito beneditino. Ela que abandonara o próprio rei Clotário, acusado de fratricídio. Aquela situação delicada não intimidou Medardo que colocou sua vida em jogo para amparar a rainha cristã, que por motivos políticos fora obrigada a coabitar com um rei pagão. A História conta que Radegunda fundou um mosteiro beneditino, aliás o primeiro a cuidar de doentes, no caso os leprosos.
Mais tarde, quando Medardo já era conhecido como eficiente e contagiante pregador, recebeu do rei Clotário, então convertido, e do conselheiro o bispo Remígio, o pedido de socorrer uma comunidade vizinha, ainda impregnada de paganismo, a diocese de Tournay. Dirigiu as duas ao mesmo tempo de forma perfeita e converteu tanta gente de Tournay, que pelos quinhentos anos seguintes elas seguiram sendo uma só diocese.
Mas não parou por aí. A província de Flandres, altamente influenciada pela filosofia dos gregos, tinha um índice de pagãos maior ainda. Novamente Medardo foi solicitado. Quando morreu em Noyon, no dia 08 de junho em 545, toda aquela província também era católica.
A sua morte foi muito sentida e imediatamente seu culto foi difundido por toda a França, espalhando-se por todo o mundo católico. O rei Clotário mandou trasladar suas relíquias de Noyon para a capital Soisson, onde sobre sua sepultura o sucessor mandou erguer uma abadia, que existe até hoje na França.

sábado, 7 de junho de 2025

São Pedro de Córdova

O santo de hoje viveu num tempo de grande perseguição. Foi no século IX, no ano de 851: um rei de outra religião estava impondo para os cristãos a renúncia de Cristo e a adesão a tal outra religião. Claro que muitos optaram pela fidelidade a Jesus, mesmo em meio às ameaças e perseguições.

Pedro, fiel leigo, que foi para Córdova junto com outro amigo por causa dos estudos, deparou-se com aquela perseguição. Eles se apresentaram a um juiz, que questionou a fé daqueles cristãos. E Pedro respondeu testemunhando Jesus Cristo, falando sobre a verdadeira religião, da Salvação, do único Salvador. Aquele juiz não aceitou os argumentos e condenou Pedro e seus companheiros ao martírio.

Eles foram com alegria, testemunhando a esperança da ressurreição. Foram degolados e depois tiveram seus corpos dependurados e queimados, e ainda tiveram suas cinzas lançadas num rio, para que ninguém os venerasse.

Diante do testemunho desses mártires, peçamos a Deus a graça da fidelidade.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

São Marcelino Champagnat

Marcelino José Benedito Champagnat nasceu na aldeia de Marlhes, próxima de Lion França no dia 20 de maio de 1789, nono filho de uma família de camponeses pobres e muito religiosos. O pai era um agricultor com instrução acima da média, atuante e respeitado na pequena comunidade. A mãe, além de ajudar o marido vendendo o que produziam, cuidava da casa e da educação dos filhos, auxiliada pela cunhada, que desistira do convento. A família era muito devota de Maria, despertando nos filhos o amor profundo à Mãe de Deus.
Na infância, logo que ingressou na escola Marcelino, sofreu um grande trauma quando o professor castigou um dos seus companheiros. Ele preferiu não freqüentar os estudos e foi trabalhar na lavoura com o pai. E assim o fez até os catorze anos de idade, quando o pároco o alertou para sua vocação religiosa.

Apesar de sua condição econômica e o seu baixo grau de escolaridade, foi admitido no Seminário de Verrièrres. Porém, a partir daí se dedicou aos estudos enfrentando muitas dificuldades. Aos vinte e sete anos, em 1816, recebeu o diploma e foi ordenado sacerdote no Seminário de Lion.
Talvez por influência da sua dura infância, mas movido pelo Espírito Santo, acabou se dedicando aos problemas e à situação de abandono por que passava os jovens de sua época, no campo da religião e dos estudos. Marcelino rezou e meditou em busca de uma resposta a esses problemas que antecederam e anunciavam a Revolução Francesa.
Numa visita a um rapaz doente, descobriu que este além de analfabeto nada sabia sobre Deus e sobre religião. Sua alma estava angustiada com tantas vidas sem sentido e sem guia vagando sem rumo. Foi então que liderou um grupo de jovens para a educação da juventude. Nascia aí a futura Congregação dos Irmãos Maristas, também chamada de Família Marista, uma Ordem Terceira que leva o nome de Maria e sua proteção.

Sua obra tomou tanto vulto que Marcelino acabou por se desligar de suas atividades paroquiais, para se dedicar completamente a essa missão apostólica. Determinou que os membros desta Congregação não deveriam ser sacerdotes, mas simples Irmãos leigos, a fim de assumirem a missão de catequizar e alfabetizar as crianças, jovens e adultos, nas escolas paroquiais.
Ainda vivo, Marcelino teve a graça de ver sua Família Marista crescendo, dando frutos e sendo bem aceita em todos os paises aonde chegaram. Ainda hoje temos como referência a criteriosa e moderna educação marista presente nas melhores escolas do mundo.
Marcelino Champagnat morreu aos cinqüenta e um anos, em 06 de junho de 1840. Foi beatificado em 1955 e proclamado Santo pelo Papa João Paulo II em 1999. Ele é considerado o "Santo da Escola" e um grande precursor dos modernos métodos pedagógicos, que excluem todo tipo de castigo no educando.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

São Bonifácio

São Bonifácio nasceu por volta do ano 673 ou 680, no Wessex, no Kirton, na Inglaterra. Seu nome de batismo era Winfrid, e parece que pertencia a nobre família inglesa do Devonshire. Professou a regra monástica na abadia de Exeter e de Nurshig. Aos 20 anos de idade, já era mestre de ensino religioso e profano. Sua primeira tentativa de atingir a Frísia foi em vão por causa da hostilidade entre o duque alemão Radbod e Carlos Martelo. Resolveu então fazer uma peregrinação a Roma e rezar nos túmulos dos mártires e obter as bênçãos do papa. São Gregório II concordou com o impulso missionário e Winfrid retornou a Alemanha.Foi em sua parada na Turíngia e em seguida na Frísia que operou as primeiras conversões e em três anos, percorreu grande parte do território germânico.

Chamado a Roma, recebeu do Papa a consagração episcopal e o novo nome de Bonifácio. Em viagem de volta a Alemanha, num bosque de Hessen mandou derrubar um gigantesco carvalho ao qual as populações pagãs atribuíam poderes mágicos porque era considerado morada de um deus. Aquele gesto foi considerado verdadeiro desafio ao deus, e os pagãos se aglomeraram para assistirem à vingança do deus ofendido. São Bonifácio aproveitou para pregar o Evangelho. Aos pés da árvore derrubada edificou a primeira Igreja dedicada a São Pedro.

Restaurou e organizou a Igreja na Alemanha e é o fundador da célebre abadia de Fulda, centro propulsor da espiritualidade e cultura religiosa alemã. Presidiu a vários concílios, promulgou numerosas leis e tinha em Mogúncia a sua sede episcopal.

No dia 05 de junho de 754, havia marcado encontro com um grupo de catecúmenos em Dokkun. Era o dia de Pentecostes. No início da celebração de Missa os missionários foram assaltados por um grupo de frisões armados de espadas e um dos infiéis atingiu seu corpo e cortou-lhe a cabeça. Foi sepultado na abadia de Fulda.

São Bonifácio é chamado o Apóstolo da Alemanha.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Tríduo de Pentecostes - 2025

 




São Crispim

Neste dia especial lembramos a pessoa que foi o primeiro Santo Canonizado pelo Papa João Paulo II. São Crispim nasceu em Viterbo na Itália em 1668 , filho de pais que perdeu muito cedo.

Ao ir morar com famíliares teve a oportunidade de estudar com os Jesuítas, porém entrou para o nociado Franciscano depois que foi despertado pela piedade dos jovens noviços. Na sua família Relegiosa serviu na cozinha, horta, enfermaria e principalmente pediando esmolas e dando Jesus pois tinha se feito pobre para enriquecer com Deus as Almas.

João Paulo II enfocou a santidade da alegria, deste Santo que falava o que vivia: "Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e depois morre contente". Disponível , irmão dos pobres e inimigo do pecado, São Crispim que entrou no Céu em 1748 era um irmão franciscano que amou de todo coração a Virgem Maria, confiou-se inteiramente aos cuidados da Divina Providência, por isto alcançou esta graça que Deus têm para todos nós, seus filhos: SANTIDADE.

terça-feira, 3 de junho de 2025

São Carlos Lwanga e companheiros (mártires)

São Carlos Lwanga e seus 21 companheiros sofreram o martirio durante o reinado de Mwanga. Por volta do ano 1885. O rei reuniu a corte numa manhã dando uma ordem estranha: "Todos entre vocês que não têm intenção de rezar podem ficar aqui ao lado do trono; aqueles, porém, que querem, rezar reúnam-se contra aquele muro". O chefe dos pagens, Carlos Lwanga, foi o primeiro a seguir até o muro, sendo seguido por outros quinze. O rei perguntou então, mas vocês rezam de verdade?. Sim meu senhor, nos rezamos. respondeu Carlos em nomes dos companheiros que ficara a noite toda rezando. Querem continuar rezando?. Sim meu senhor, até a morte. Então, matem-os, decidiu bruscamente o rei, dirigindo-se aos algozes. Rezar, tinha-se tornado sinônimo de ser cristão, e era absolutamente proibido no reino de Mwanga, rei de Buganda, região que atualmente faz parte da Uganda.

Carlos Lwanga foi o primeiro a ser assassinado, foi queimado lentamente a começar pelos pés. Kalemba Murumba, foi abandonado numa colina com as mãos e os pés amputados, morrendo de hemorragia. André Kagua, foi decapitado e o último João Maria, (02 de Junho de 1886).

segunda-feira, 2 de junho de 2025

São Marcelino e São Pedro

São Marcelino era sacerdote e São Pedro cumpria o ministério de exorcista. Foi relatado por São Damasco que quando menino ouviu do próprio carrasco dos Santos o relato da morte deles. O algoz referiu que havia disposto a decapitação dos dois no centro de um bosque justamente para não ficar nenhuma lembrança: ambos tiveram de limpar com as próprias mãos a pequena superfície que ia banhar-se de sangue.

Os corpos desses mártires ficaram escondidos por algum tempo, numa límpida gruta, até que, impulsionada pela devoção, Lucila, piedosa matrona, deu-lhe digna sepultura. Desde 1751 a básilica dos santos Marcelino e Pedro, edificada sobre alicerces que parecem remonatr à segunda metade do século IV e onde se encontra talvez a morada de um dos dois santos titulares, esta localizada onde avia Labicana cruza com a via Merulana, nas proximidades de São João de Latrão e Santa Maria Maior.

domingo, 1 de junho de 2025

São Justino

São Justino nasceu em Flávia Neápolis, na Samaria no início do século II, ano 103. A caminhada de sua conversão a Cristo incursionou pelas escolas estóica, pitagórica, aristotélica e neoplatônica. Aos 30 anos de idade teve um encontro com um velho sábio de Cesaréia que o convenceu que a verdade absoluta residia no cristianismo, tornando-se um propagador e proclamando ao mundo essa sua descoberta. Era definido como Filósofo cristão e cristão filósofo.

Escreveu três apologias, a mais célebre delas é o Diálogo com Trifão, em seus escritos porque abre caminhos à polêmica anti-judaica na literatura cristã. Seus escritos também nos oferecem importantes informações sobre ritos e administração dos sacramentos na Igreja primitiva.

Em sua viagem a Roma, foi denunciado como cristão por Crescêncio e Trifão com quem havia disputado por muito tempo. Foi condenado à morte igual a seus seis companheiros, entre os quais uma mulher, todos foram decapitados pela sua fá em Cristo, durante a perseguição de Marco Aurélio, imperador romano.

Do martírio de São Justino e companheiros se conservam as Atas autênticas.

sábado, 31 de maio de 2025

Visitação de Nossa Senhora

Sabemos que Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com esta mensagem de amor, com esta proposta de fazer dela a mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. E aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro. O anjo também comunicou a ela que sua parenta - Santa Isabel - já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem - no Evangelho de São Lucas no capitulo 1, - quando depois de andar cerca de 100 km ela encontrou-se com Isabel.

Nesta festa, também vamos descobrindo a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Em certa altura ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos ter essa devoção, que passa de século a século.
“Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.” (Lucas 1,48)

A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que se ama a Deus, se não se ama o outro. A visitação de Maria a sua prima nos convoca a essa caridade ativa. A essa fé que se opera pelo amor. Amor que o outro tanto precisa.
Quem será que precisa de nós?
Peçamos a Virgem Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor do outro. Mas que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize através da caridade.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Santa Joana DArc

Nascida em Domremy , Champagen , França em 1412 , morreu em Rouen em 31 de maio de 1431. O pai de Joana, Jaques D’Arc era um fazendeiro e Joana nunca aprendeu a ler ou a escrever. Quando ela tinha 13 ou 14 anos ela teve a sua primeira experiência mística. Ela ouviu uma voz chamando-a e acompanhada de uma luz. Ela recebeu as visões quando cuidava das ovelhas do seu pai. Visões posteriores eram compostas de mais vozes e ela foi capaz de identificar as vozes como sendo de São Miguel, Santa Catarina de Siena e Santa Margarete entre outras. Em 1428 suas mensagens tinham um fim especifico. Era para se apresentar-se para Robert Bauricourt , que comandava o exercito do rei na cidade próxima. Joana convenceu um tio a leva-la, mas Robert riu dela e comentou com o seu pai que ele deveria disciplina-la.

Mas as visões continuaram e secretamente ela deixou sua casa e retornou a Vancoulers. Baudricourt duvidou dela, mas modificou sua posição quando chegaram as noticias de sérias derrotas nas batalhas de Herrings do lado de fora de Orleans em fevereiro de 1429 exatamente conforme Joana havia predito. Ele enviou Joana com uma escolta para o falar com o Rei e ela escolheu viajar disfarçada com roupas de homem para sua própria proteção. Em Chinon, o rei Carlos estava disfarçado, mas ela o identificou e por sinais secretos eles se comunicavam e ela o convenceu a acreditar na origem divina das sua visões e da sua missão.

Ela pediu uma tropa de soldados para ir a Orleans .O seu pedido foi muito questionado na corte e ela foi enviada para ser examinada por um painel de teólogos em Poities. Após um exame de tres semanas o painel aconselhou a ao rei Carlos que fizesse uso dos seus serviços. Diz a tradição que um dos membros do painel era um cardeal que conhecia a verdadeira aparência de Santo Miguel, muito bem guardado nos arquivos de Roma e quando perguntou a Joana com era São Miguel, ela o descreveu exatamente como estava descrito no arquivo secreto em Roma. A ela foi dada a tropa e um estandarte especial feito para ela com a inscrição "Jesus:Maria" e o símbolo da Santíssima Trindade na qual dois anjos presenteavam a ela uma flor de lis e Joana vestia um armadura branca e sua tropa entrou em Orleans em 29 de abril .Sua presença revigorou a cidade e em 8 de maio as forças inglesas que cercavam a cidade foram capturadas.

Ela foi ferida no peito por uma flecha o reforçou a sua reputação de guerreira.
Ela começou uma campanha em Loire com o Duque d’ Alençon, e eles se tornaram grandes amigos.
A campanha teve grande sucesso em parte graças ao elevado moral das tropas, com a presença de Joana e as tropas britânicas se retiraram para Paty e de lá para Troyes. Joana agora estava tentando fazer com que o rei aceitasse a sua responsabilidade e lutou pela sua coroação em 17 de julho de 1429.

E a missão de Joana, conforme as suas visões, estava completada.
Daí em diante devido ao fato que Carlos não forneceu se nem suporte nem sua presença conforme prometido, Joana sofreu varias derrotas. O ataque a Paris falhou e ela foi ferida na coxa. Durante a trégua de inverno Joana ficou na corte onde ela continuava sendo vista com ceticismo .Quando as hostilidades recomeçaram ela foi para Compiegne onde os franceses estavam resistindo ao cerco dos Burbundians. A ponte movediças foi fechada muito cedo e Joana e suas troas ficaram do lado de fora. Ela foi capturada e levada ao Duque de Burgundy em 24 de maio. Ela ficou prisioneira até o fim do outono. O rei Carlos não fez nenhum esforço em liberta-la. Ela havia previsto que o castelo seria entregue ao ingleses e assim aconteceu. Ela foi vendida aos lideres ingleses na negociação. Os ingleses estavam determinados a ficarem livres do poder de Joana sobre os soldados franceses . Como os ingleses não podiam executa-la por estar em uma guerra eles forjaram uma maneira de julga-la como herege .Em 21 de fevereiro de 1431 ela apareceu a um tribunal liderado por Peter Cauchon, bispo de Beauvais, o qual tinha esperança que os ingleses o ajudariam a faze-lo Arcebispo de Rouen. Ela foi interrogada sobre as vozes, sua fé e sua vestimenta masculina. Um sumário falso e injusto foi feito e suas visões foram consideradas impuras em sua natureza, uma opinião suportada pela Universidade de Paris. O tribunal declarou que, se ela se recusasse a retratar, seria entregue aos seculares como um herege . Mesmo sob tortura ela recusou a se retratar. Quando finalmente ela foi trazida para uma sentença formal no Cemitério de Santo Ouen, diante de uma enorme multidão ela retratou-se apenas um pouco e de forma bastante incerta e foi devolvida a prisão e voltou a vestir as roupas masculinas que havia concordado em abandonar. Ela teve a coragem de declarar que tudo que ela havia dito antes era verdade e que ela havia recuperado a sua coragem e que Deus havia na verdade enviado ela para salvar a França dos ingleses.

Assim no dia 30 de março de 1431 ela foi levada a praça pública do mercado em Rouen e queimada viva. Joana não tinha completado 20 anos. Suas cinzas foram atiradas no Sena. Em 1456 sua mãe e dois irmãos apelaram para a reabertura do caso, com o que o Papa Calistus III concordou.
O julgamento e o veredicto foram anulados e ela foi canonizada como uma santa virgem e mártir. Ela era chamada La Pucelle "a Virgem de Orleans" .
Na arte litúrgica da Igreja Santa Joana é mostrada como uma garota numa armadura, com uma espada, ou uma lança e as vezes com uma bandeira com as palavras "Jesus:Maria" e as vezes com um capacete .
Nas pinturas mais antigas, ela tinha longos cabelos caindo nas suas costas, para mostrar que ela era vvirgem. Ela as vezes ela é mostrada incentivando o rei , ou seguida de uma tropa ou em roupas femininas com um espada.

Popularmente venerada por séculos, foi finalmente beatificada em 1909 e canonizada em 1920. Foi declarada oficialmente padroeira da França em 1922.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Santa Úrsula Ledochowska

Júlia Ledochowska pertencia à uma família especialmente abençoada. A sua irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa, fundou uma congregação e foi inscrita no Livro dos Santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o vigésimo sexto preposto geral dos Jesuítas . Ela nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses, que residiam na Áustria.
Até o final da adolescência viveu neste país onde completou os estudos, depois voltou com a família para o solo polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos ingressou no Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e tomando o nome de Úrsula, em 1899.
Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria, foi também superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas, nesta função teve de usar roupa civis para sua segurança. Em 1909 fundou também uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo o estilo inglês, ao mesmo tempo fundou na mesma Petersburgo uma casa das Ursulinas.

A sua cidadania e origem austríaca, a fez objeto de perseguição por parte da polícia russa, durante a Primeira Guerra Mundial , tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também alí, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar para os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado ainda hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando então regressou para o seu convento na Polônia.
Atendendo um antigo anseio interior, em 1920, separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças.

Na Polônia, devido à cor do hábito, se popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na Itália, como as "irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com rapidez. Quando sua fundadora, Madre Úrsula, morreu já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês.
Madre Úrsula Ledochowska, faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939, na casa mãe da ordem, que conserva as suas relíquias. O Papa João Paulo II em 1983 a beatificou, numa comovente cerimônia em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a canonizou, declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de sua morte.

A Ascensão do Senhor

 “Então, os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: ‘Senhor, é agora que vais restaurar o Reino em Israel’? Jesus respondeu: Não cabe a vocês saber o tempo e as datas que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas o Espírito Santo descerá sobre vocês, e dele receberão forças para serem minhas testemunhas em Jerusalém, na Judéia e em toda a Samaria, e até os extremos da Terra. Depois de dizer isto, Jesus foi elevado ao céu à vista deles.

E quando uma nuvem o cobriu, eles não puderam vê-lo mais. Os apóstolos continuavam a olhar para o céu, enquanto Jesus ia embora. Mas, de repente, dois homens vestidos de branco apareceram a eles e lhes disseram: Homens da Galiléia, por que vocês estão aí, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que foi tirado de vocês e levado para o céu virá do mesmo modo com que vocês o viram partir para o céu”.

Neste domingo, a Igreja celebra a festa da Ascensão do Senhor. Palavra que quer significar a subida, a elevação de Cristo aos céus. Diante dos olhos de seus discípulos Jesus ergue aos céus. Momento em que Ele revela mais uma vez a sua condição Divina e a sua entrada triunfante no Reino do Pai.

Em sua homília na Festa da Ascensão em 2009, o Papa Bento XVI afirmou que “Na Ascensão de Cristo ao Céu, o ser humano entra numa nova intimidade com Deus, sem precedentes. O homem encontra agora, e para sempre, espaço em Deus. O ‘Céu’ não é um lugar sobre as estrelas, mais uma coisa muito mais ousada e sublime: é o próprio Cristo, a Pessoa Divina que acolhe plenamente e para sempre a humanidade, Aquele no qual Deus e o homem estão inseparavelmente unidos para sempre”.

É, pois, a Festa da Ascensão, também o sinal da elevação do ser humano a Deus. Primeiro Cristo e, depois dele, todos os que no seu Nome, vida e sangue foram reconciliados com Deus. É uma prefiguração de toda ação escatológica, para a qual tende a vida da Igreja: “Somos cidadãos do céu”. E como nos afirma Paulo em seus escritos “Se com Cristo morremos, também com Ele viveremos” (cf. Rm 6,8).

A Festa da Ascensão relembra, ainda, a cada cristão, que suas cabeças devem estar erguidas diante das dificuldades da vida, recordando a vitória final, após o sofrimento, ao mesmo tempo em que ensina e envia para a vida. Os discípulos olhavam para o céu, enquanto Jesus subia (mística do reconhecimento do senhorio divino de Nosso Senhor), mas tão logo são enviados ao mundo para a vida que continua, com a esperança escatológica de sua volta gloriosa, tal qual Ele havia subido. A vida continua, a presença do Ressuscitado é uma presença espiritual que renova a esperança e reacende a chama da fé e do amor. É o encontro da humanidade com a divindade de Cristo. É a união do céu e da Terra! Tudo o que Pedro, chefe dos apóstolos, ligar na Terra será ligado no céu. Tudo que se desligar na Terra será desligado no céu (cf. Mt 16, 16ss). É o encontro do tempo e da eternidade; do passageiro e do eterno.

A ascensão se liga ao pastoreio de Jesus, bom pastor, único e eterno sacerdote, que deseja reconduzir suas ovelhas ao aprisco e devolver-lhe a dignidade manchada e ferida pelo pecado. Ela não trata de uma ausência de Jesus na história humana, mas uma prefiguração de nossa história mergulhada na eternidade que não se acaba, indicando-nos a direção à qual tendemos. A Igreja não se funda na ausência de seu Senhor, mas na certeza de sua presença à direita do Pai, soberano e senhor do tempo, da história e da eternidade; na certeza de sua presença sempre constante e operante pela presença do Espírito Santo, o Paráclito, o Espírito da verdade que Ele envia sobre os discípulos reunidos no cenáculo.

A ascensão, diz o papa, “relembra a transcendência da Igreja”, enquanto ela constrói e trabalha pelo Reino de Deus, na vida e na história, ela marcha rumo ao seu destino definitivo na eternidade, que é Cristo mesmo. O Céu, mais que um lugar, é o próprio Cristo, com o Pai e o Espírito Santo. Jesus sobe, envia os seus discípulos a pregarem o Evangelho e faz descer o seu Espírito, garantindo a sua presença constante na história, e nunca a sua ausência. Ele é presença que não se desfaz.

Nossas comunidades devem ser inflamadas nessa realidade: o Senhor e Cristo, ressuscitado, subiu aos céus, está à direita do Pai, mas não nos deixou órfãos; enviou seu santo Espírito para ser consolador e incentivador de nossa missão de continuar, na história, a construir o Reino que não tem fim.

É nessa esperança que vive a Igreja de Cristo, com Maria e toda a nuvem dos escolhidos e santificados no sangue do Senhor, clamando, ação magnífica do Espírito do Senhor, a volta definitiva e gloriosa de seu Senhor e Cristo. “O Espírito e a esposa dizem: Vem, Senhor Jesus!” e, aquele que ouve diga também: Vem, Senhor Jesus, Maranathá!

D. Orani João Tempesta

Arcebispo do Rio de Janeiro, RJ

Fonte: CNBB 

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Tríduo em preparação para Pentescostes



 

São Germano de Paris

São Germano de Paris, nasceu no ano 496, próximo à cidade de Autun, na França. O inicio de sua vida é marcado por situações bastante difíceis, pois sua mãe tentou abortá-lo e, mais tarde sua tia tentou envenená-lo, tendo sido os planos frustados, graças à criada que se descuidou e deu o copo de vinho envenenado ao Estratídio, filho da madame e seu primo.

Foi ordenado sacerdote no ano de 531, tornando-se depois, abade do Mosteiro de São Sinforiabno de Autun. Pelo fato dos monges o considerarem muito austero, o destituíram do cargo logo em seguida, mais no ano 555, foi eleito Bispo de Paris. Lutou muito contra as guerras civis e a depravação entre os reis francos, mas não teve sucesso. Ainda como bispo, fundou um mosteiro, em Paris.

São Germano de Paris freqüentemente, contentando-se com uma única túnica, cobria com o restante das vestes um pobre nu, assim que, enquanto o pobre se sentia quente, o bispo padecia de frio.Quando nada lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Morreu em Paris, no dia 28 de Maio de 576, tendo sido enterrado na Igreja do mosteiro que fundou, que mais tarde recebeu o nome de Saint-Germain-des-Prés.

terça-feira, 27 de maio de 2025

Tríduo em preparação para Pentecostes




 

Santo Agostinho de Cantuária

Hoje comemora-se Santo Agostinho de Cantuária que viveu no século VI, cujo início foi na Grã-Bretanha. Foi junto com 40 monges, que no ano 597, São Gregório Magno enviou-os como missionários à Inglaterra, porém ao chegar a Lerins, soube que a situação era bastante complicada e teve medo de avançar e pediram ao papa que mudassem os planos. Para incentivar Santo Agostinho, São Gregório nomeou-o abade e logo depois quando chegou a gália, foi sagrado bispo.

Diferente ao que imaginava, a viagem aconteceu sem problemas e quando os missionários chegaram foram bem recebidos pelo rei Etelberto que para surpresa de todos solicitou o batismo arrastando também muitos súditos para a religião cristã. Receberam como residência a cidade de Cantuária ou Canterbury de onde surgiria a célebre abadia de São Pedro e São Paulo, que mais tarde será de Santo Agostinho. Foi nomeado arcebispo primaz da Inglaterra.

Santo Agostinho de Cantuária morreu no dia 26 de maio de 1605, e seu corpo esta sepultado em uma igreja que carrega o seu nome em Canterbury.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

São Filipe Néri

Neste dia nós recordamos a santidade de vida do Santo da Alegria, que encantou a Igreja com seu jeito criativo e excêntrico de viver o Evangelho. Nascido em 1515, São Filipi Néri, foi morar com um tio negociante, que colocou diante de seus olhos a proposta de assumir os empreendimentos, mas acolheu as proposta do Senhor que eram bem outras.

Ao ir para Roma estudou Filosofia e Teologia, sem pensar no sacerdócio. Homem de caridade vendeu sua biblioteca e deu tudo aos pobres; visitava as catacumbas tinha devoção aos mártires e tudo fazia para ganhar os jovens para Deus, já que era afável, modesto e alegre, por isso fundou ainda como leigo, a irmandade da Santíssima Trindade.
São Filipe Néri que muito acolhia em Roma peregrinos, foi dócil em acolher o chamado ao sacerdócio que despertou-o para as missões nas Índias, porém seu Bispo lhe esclareceu que sua Índia era Roma. Como Santo da Jovialidade, simplicidade infantil e confiança na Divina Providência, Filipi fundou a Congregação do Oratório; foi vítima de calúnias; esquivou-se de ser cardeal, mas não da Salvação das Almas e do seu lema: Pecados e melancolia estejam longe de minha casa.

domingo, 25 de maio de 2025

Santa Maria Madalena de Pazzi

Batizada com o nome de Catarina, ela nasceu no dia 02 de abril de 1566, crescendo bela e inteligente em sua cidade natal, Florença, no norte da Itália. Tinha origem nobre da família Pazzi, com acesso tanto à luxúria quanto às bibliotecas e benfeitorias da corte dos Médici, que governava o ducado de Toscana. Sua sensibilidade foi atraída pelo aprendizado intelectual e espiritual, abrindo mão dos prazeres terrenos, o luxo e as vaidades, que a nobreza proporcionava.
Recebeu a primeira comunhão aos dez anos e contrariando o desejo dos pais, aos dezesseis anos entregou-se à vida religiosa, ingressando no convento das carmelitas descalças. Alí por causa de uma grave doença teve de fazer os votos antes das outras noviças, vestiu o hábito e tomou o nome de Maria Madalena.

A partir daí, foi favorecida por dons especiais do Espírito Santo, vivendo sucessivas experiências místicas impressionantes, onde eram comuns os êxtases durante a penitência, oração e contemplação, originando extraordinárias visões proféticas. Para que essas revelações não se perdessem, seu superior ordenou que três irmãs anotassem fielmente as palavras que dizia nessas ocasiões.
Um volumoso livro foi escrito com essas mensagens, que depois foi publicado com o nome de "Contemplações", um verdadeiro tratado de teologia mística. Também ela, de próprio punho, escreveu muitas cartas dirigidas a Papas e príncipes contendo ensinamentos e orientações para a inteira renovação da comunidade eclesiástica.

Durante cinco anos foi provada na fé, experimentando a escuridão e a aridez espiritual. Até que no dia de Pentecostes do ano 1690 a luz do êxtase voltou, para a provação final: a da dor física. Seu corpo ficou coberto de úlceras que provocavam dores terríveis. A tudo suportou sem uma queixa sequer, entregando-se exclusivamente ao amor à Paixão de Jesus.
Morreu com apenas quarenta e um anos, em 25 de maio de 1607, no convento Santa Maria dos Anjos, que hoje leva o seu nome, em Florença. Apenas dois anos mais tarde, foi canonizada, pelo Papa Clemente IX. O corpo incorrupto de Santa Maria Madalena de Pazzi, repousa na igreja do convento onde faleceu. Sua festa é celebrada no dia de seu transito.

sábado, 24 de maio de 2025

Nossa Senhora Auxiliadora

A DEVOÇÃO A MARIA AUXILIADORA

A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, tem seu começo em datas muito remotas, nascida no coração de pessoas piedosas que espalharam ao seu redor a devoção mariana. Assim a Mãe de Deus foi sempre conhecida como condutora da felicidade de todo ser humano. E Maria, sempre esteve junto ao povo, sobretudo do povo simples que não sofre as complicações que contornam e desfazem, muitas vezes, a vida humana, mas que é levado pelas emoções e certezas apontadas pela simplicidade do coração.
Em 1476, o Papa Sisto IV deu o nome de “Nossa Senhora do Bom Auxílio” a uma imagem do século XIV-XV, que havia sido colocada em uma Capelinha, onde ele se refugiou, surpreendido durante o caminho, com um perigoso temporal. A imagem tem um aspecto muito sereno, e o símbolo do ‘auxílio’ é representado pela meiguice do Menino segurando o manto da Mãe.

Com o correr dos anos, entre 1612 e 1620, a devoção mariana cresceu, graças aos Barnabitas, em torno de uma pequena tela de autoria de Scipione Pulzone, representando aspectos de doçura, de abandono confiante, de segurança entre o Menino e sua santa Mãe. A imagem ficou conhecida como “Mãe da Divina Providência”. Esta imagem tornou-se como que meta para as peregrinações de muitos devotos e também para muitos Papas e até mesmo para João Paulo II. Devido ao movimento cristão em busca dos favores e bênçãos de Nossa Senhora e de seu Filho, o Papa Gregório XVI, em 1837, deu-lhe o nome de “AUXILIADORA DOS CRISTÃOS”. O Papa Pio IX, há pouco tempo eleito, também se inscreveu no movimento e diante desta bela imagem, ele celebrou a Missa de agradecimento pela sua volta do exílio de Gaeta.

Mais tarde também foi criada a ‘Pia União de Maria Auxiliadora’, com raízes em um bonito quadro alemão
E chega o ano de 1815: Nasce aquele que será o grande admirador, grande filho, grande devoto da Mãe de Deus e propagador da devoção a Maria Auxiliadora, o Santo dos jovens: SÃO JOÃO BOSCO. Neste ano era também celebrado o Congresso de Viena e foi a época em que, com a queda do Império Napoleônico, começa a Reestruturação Européia com restabelecimento dos reinos nacionais e das suas monarquias dinásticas
Em 1817, o Papa Pio VII benzeu uma tela de Santa Maria e conferiu-lhe o título de “MARIA AUXILIUM CHRISTIANORUM”.
Os anos foram se sucedendo e o rei Carlo Alberto, foi a cabeça do movimento em prol da unificação da Itália, e ao mesmo tempo, os atritos entre Igreja e Estado, deram lugar a uma forte sensibilização política, com atitudes suspeitas para com a Igreja. E como não podia deixar de ser, Dom Bosco, lutador e defensor insigne da Igreja de Cristo, ficou sendo mira forte do governo e foi até obrigado a fugir de alguns atentados. Sim, tinha de fato inimigos que não viam bem sua postura positiva a favor da Igreja e nem tão pouco a emancipação da classe pobre, defendida tenazmente pelo Santo.

Pio IX, então cabeça da Igreja, manifestou-se logo a favor de uma devoção pessoal para com a Auxiliadora e quando este sofrido Pontífice esteve no exílio, o nosso Santo lhe enviou 35 francos, recolhidos entre seus jovens do oratório. O Papa ficou profundamente comovido com esta atitude e conservou uma grande lembrança deste gesto de afeto de D.Bosco e da generosidade dos rapazes pobres.
E continuam muitas lutas políticas, desavenças, lutas e rixas entre Igreja e Estado. Mas a 24 de maio, em Roma, o Papa Pio IX preside uma grandiosa celebração em honra de Maria Auxiliadora, na Igreja de Santa Maria. E em 1862, houve uma grandiosa organização especificamente para obter da Auxiliadora, a proteção para o Papa diante das perseguições políticas que ferviam cada vez mais, em detrimento para a Igreja de Jesus Cristo.

Nestes momentos particularmente críticos, entre 1860-1862 para a Igreja, vemos que D.Bosco toma uma opção definitiva pela AUXILIADORA, título este que ele decide concentrar a devoção mariana por ele oferecida ao povo. E justamente em 1862, ele tem o “Sonho das Duas Colunas” e no ano seguinte seus primeiros acenos para a construção do célebre e grandioso Santuário de Maria Auxiliadora. E esta devoção à Mãe de Deus, desde então se expandiu imediata e amplamente.
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de Dom Bosco".

Escreveu o santo: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso".

sexta-feira, 23 de maio de 2025

São João Batista de Rossi

Nasceu em 1698 em Voltaggio, Diocese de Genova, Itália.
Um de quatro filhos de Carlos de Rossi e Francisca Anfossi. Educado por um casal nobre de Genova. Lá ele conheceu alguns frades que o ensinaram e o ajudaram a continuar sua educação em Roma. Estudou com os jesuítas no Colégio Romano com 13 anos. Membro da Comunidade Solidária da Virgem Maria e da “Ristreto dos 12 Apóstolos”. Era epilético. Ele se impôs vários atos de austeridade que quase o levaram a morte e enfraqueceu em muito a sua saúde. Estudou filosofia e teologia sob os dominicanos. Ordenado em 3 de março de 1721 a enviado para trabalhar em Roma.
Ajudou a construir um hospital para mulheres sem casa, perto do Hospício de Santa Galla em Roma. Cânon de Santa Maria Cosmedin em 1737, ele usou o que ganhou para comprar um órgão para a igreja. Missionário e catequista para os fazendeiros, pastores, sem casa, doentes, pobres, prostitutas e prisioneiros na região de Campagna.

Por muitos anos João não ouvia a confissão com medo de ter um ataque epilético no confessionário, mas o Bispo de Civita Castellana o convenceu que era parte de sua vocação, e ele e se tornou um dos mais procurados confessores em Roma.Diz a tradição que ele conseguia ler as mentes no confessionário e por isso conseguia as mais completas confissões dos devotos. Certa vez disse que o melhor caminho para o céu era guiar outros para o confessionário e a Eucaristia. Sempre procurado para pregar. Indicado como catequista pelo governo para os prisioneiros, oficiais, carcereiros e até mesmo para o carrasco. Vários milagres foram creditados a ele quando em vida.

Tinha uma devoção especial por Santo Aloísio Gonzaga.
Faleceu em 23 de maio em Trinita dei Pellegrini, Itália. Suas reliquias foram trasladadas para a igreja de São Batista de Rossi, em Roma em 1965.
Beatificado em 13 de maio de 1860 pelo Papa Pio IX.
Canonizado em 8 de dezembro de 1881 pelo Papa Leão XIII.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Santa Rita de Cássia

Santa Rita nasceu em Rocca Porena perto de Spoleto, Itália em 1381 e expressou bem cedo o desejo de ser freira. Seus parentes já idosos insistiram para que ela se casasse com a idade de doze anos com um homem descrito como sendo um homem cruel e rude. Ela passou 18 anos extremamente infeliz, teve dois filhos e finalmente ficou viúva quando o seu marido foi morto numa briga. Ambos os filhos logo morreram e Rita tentou sem sucesso entrar para o convento agostiniano que havia em Cascia. Ela foi recusada porque pelas regras do convento só se aceitavam virgens.

Mas Rita continuou a rezar e a pedir, e uma noite ela foi milagrosamente transportada para dentro do convento com todas as suas enormes portas fechadas e trancadas. Quando as irmãs a viram lá dentro, decidiram que era desejo de Deus que ela fosse aceita e assim em 1413 ela entrou para o Ordem e logo ganhou fama pela sua austeridade, devoção, oração e caridade.
No ano seguinte, ocorreu outro milagre. Havia lhe ordenado a Superiora, em nome da obediência, que regasse todos os dias um pé seco de uva, mas em um ano, já daquele ramo morto brotaram cachos de uvas abundantes e saborosas. E a videira, apesar de velha, de vários séculos, ainda hoje está viçosa.

Certo dia ela recebeu visões e teve ferimentos na testa que pareciam uma coroa de espinhos que seria uma estigmata (provavelmente um dos estigmas de Cristo).
Os ferimentos melhoraram de modo a permitir que ele fosse a Roma numa peregrinação em 1450, mas reapareceu logo que ela retornou e com ela ficaram até a sua morte.
Pouco antes de morrer, uma visitante, sua parente, perguntou se queria algo e ela pediu que lhe trouxessem rosas de sua terra natal. "Impossível" disse a parente "agora é pleno inverno". Santa Rita respondeu : " Vá e encontrarás o que peço".

Ao chegar a parente, em Rocca Porena, no jardim em frente a sua casa, havia no meio da neve, uma bela roseira com lindas flores de onde colheu as rosas que Santa Rita havia pedido.
Ao falecer outro milagre. Os sinos do mosteiro repicavam milagrosamente sozinhos sem alguem por perto a tocar.
Segundo a tradição seu corpo estaria incorrupto até a presente data. Ela morreu em 22 de março em Cascia e muitos milagres foram relatados como sendo devido a sua invocação e intercessão. Foi canonizada em 1900. Ela é venerada na Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e em outros países como sendo a "santa das causas impossíveis".

No Brasil, ela é a padroeira das causas impossíveis junto com São Judas Thadeu.
Na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada com uma freira orando diante de um crucifixo, ou com uma coroa de espinhos, ou recebendo uma coroa de rosas da Virgem Maria, ou recebendo uma coroa de espinhos dos santos. O seu emblema são as rosas. E em alguns locais as rosas são bentas no dia de sua festa.

É protetora contra a esterilidade, e infertilidade e das causas impossíveis, e padroeira das viúvas.

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Santo André Bóbola

Santo do século XVII, ele nasceu na Polônia e ficou conhecido como “caçador de almas”.
Santo André Bóbola pertenceu à Companhia de Jesus como sacerdote jesuíta dedicado aos jovens e ao anúncio da Palavra de Deus num tempo dos cismas, quando a fé católica não era obedecida.

Viveu também dentro de um contexto onde politicamente existia um choque entre a Polônia e a Rússia. Certa vez, com a invasão dos soldados cossacos, ou seja russos na Polônia, os cismáticos aproveitaram a ocasião para entregar o santo.
Ele, que tinha sido instrumento para muito se voltarem ao Senhor, foi preso injustamente e sofreu na mão dos acusadores. Foi violentado, mas não renunciou a sua fé. Renunciou a própria vida, mas não a vida em Deus.

No ano de 1657, morreu mártir. O “caçador de almas” hoje intercede para que nós.

terça-feira, 20 de maio de 2025

São Bernardino de Sena

Nasceu em Massa Marítima, na Toscana, Itália, no ano de 1380. Muito cedo, infelizmente, perdeu seus pais; mas, por outro lado, a Providência Santíssima agiu na sua formação através de tias cristãs fervorosas. Tanto que oraram, testemunharam, foram canais da Providência Divina para a vida de São Bernardino.
Numa vida de oração e penitência, ele discerniu seu chamado a uma vida consagrada, entrando para a família franciscana na Ordem dos Frades Menores. Ali, tornou-se sacerdote.
São Bernardino possuía muitas qualidades; muitas delas, sobrenaturais. Muitos dons, dentre eles, o carisma da pregação. Um homem zeloso, liderou o movimento da observância em prol de uma vivência radical do carisma franciscano.
Quantas pessoas, na Itália, conheceram esse santo por causa da eficácia do nome de Jesus! Grande devoto; tanto que nas leituras do ofício de hoje, encontramos um texto tirado de um de seus sermões: “O nome de Jesus é a luz dos pregadores, porque ilumina, com o seu esplendor, os que anunciam e os que ouvem a Sua Palavra. Por que razão a luz da fé se difundiu no mundo inteiro tão rápida e ardentemente, senão porque foi pregado este nome?”.
Um grande pregador, ele reconhecia que tudo era graça na sua vida. Muitos puderam conhecer, através dos lábios desse pregador, o amor de Deus. Ele se expressou, revelou-se plenamente em Cristo Jesus na força do seu Espírito. São Bernardino, como todos os santos e santas da Igreja de todos os tempos, foi conduzido pelo Espírito Santo.
Centrado no mistério da Eucaristia, devotíssimo da Santíssima Virgem, ele se consumiu ao serviço da Palavra e do povo de Deus. No ano de 1444, ele partiu para o céu e intercede por nós para que sejamos todos servos da Palavra para glória e de Jesus.

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Santo Ivo

Hoje comemoramos, Santo Ivo, que nasceu nas proximidades de Treguier, Na Baixa Bretanha, no dia 13 de outubro de 1253. Foi para Paris, cursar filosofia e teologia quando tinha apenas 14 anos, e Orléans, cursar direito civil e direito canônico. Foi ordenado sacerdote e convidado a ser o conselheiro jurídico e juíz eclesiástico na diocese de Rennes por quatro anos. Era chamado o Advogado dos Pobres.
Em uma de suas defesas, livrou uma mulher inocente da prisão, quando lhe faltava apenas o veredicto final. Ela teria sido vítima de dois ladrões que haviam entregue a ela uma mala cheia de dinheiro pedindo para que ela guardasse e somente entregasse na presença dos dois. Para colocá-la na prisão, um dos ladrões conseguiu que a mulher lhe entregasse a mala e o segundo a levou ao tribunal acusando-a de roubo. Santo Ivo foi ao tribunal e conseguiu salvá-la da prisão.

Ele mesmo ia buscar nos castelos o cavalo, o carneiro roubado dos pobres sob o pretexto de impostos não pagos. Depois desse período, Santo Ivo foi nomeado sacerdote e lhe foi confiada a paróquia de Treguier, foi mais tarde reitor de Louannec, desenvolvendo intensa atividade pastoral. Mais tarde, instalou-se no solar de Kermartin dedicando-se a oração e penitência.
Santo Ivo morreu no dia 19 de maio de 1303 e inúmeros milagres são operados sobre o seu túmulo na Catedral de Treguier.

domingo, 18 de maio de 2025

São João I

O santo de hoje governou a Igreja por apenas dois anos e meio. Foi eleito Papa em 523. Nasceu na Toscana, Florência, no século V. De Florência foi para Roma e tornou-se um sacerdote, um presbítero cardeal. Com a morte do Papa, ele foi eleito o sucessor de Pedro.
Marcou a Igreja com muitos trabalhos pastorais, foi o precursor do canto gregoriano e da restauração de muitas igrejas, mas o objetivo dele como Papa, foi de confirmar a fé dos irmãos; sem dúvida nenhuma, era o serviço da salvação das almas.
Papa João I viveu num tempo e contexto político-religioso complexo. Quem reinava na Itália era Teodorico, um cristão ariano, ou seja, não era fiel à doutrina católica, mas se dizia cristão. Por outro lado, existia um conflito entre Teodorico e Justino; e os dois imperadores se chocavam. No meio deste contexto complexo, a vítima foi o Papa João I, que foi forçado por Teodorico a uma missão. Nunca um Papa tinha saído da Itália; ele foi o primeiro.
A missão não agradou, porque Teodorico queria que o Papa fosse o porta-voz de uma mensagem ariana, por interesses econômicos e políticos. Mas o que podemos perceber é que este homem santo, autoridade máxima da Igreja de Cristo, não perdeu sua paz, não perdeu sua obediência a Deus. Tornou-se santo em meio aos conflitos.
Ele viveu uma vida de oração, uma vida penitencial, oferecendo e sempre buscando ser dócil à vontade de Deus. Papa João I, por causa do ódio de Teodorico, foi aprisionado para morrer de fome e de sede. Foi mártir.
Hoje, podemos recordar este Pastor da Igreja como o pastor que, a exemplo de Cristo, deu a vida pelo rebanho.

sábado, 17 de maio de 2025

Júlia Salzano (Bem-aventurada)

Júlia era italiana, nasceu em Santa Maria Capua Vetere, na província de Caserta, dia 13 de outubro de 1846, tendo como pai Diego Salzano, capitão dos lanceiros de Fernando I, rei de Nápolis, e como mãe Adelaide Valentino. Órfã de pai aos quatro anos, foi confiada para a sua formação às Irmãs da Caridade no Orfanato real de São Nicolau "La Strada", onde permaneceu até aos quinze anos de idade. Diplomada professora, recebeu o encargo de ensinar na Escola Municipal de Casória, em Nápolis, onde se transferiu com a família em 1865.
Junto ao ensino, manifestou um notável interesse pelo catecismo para educar na fé as crianças, os jovens e os adultos, cultivando, ao mesmo tempo, a devoção à Virgem Maria.
Propagou, o amor e o culto ao Sagrado Coração. Pela sua constante preocupação de fazer passar através do ensino e do testemunho a doutrina e a vida de Jesus Cristo, em 1905, fundou a Congregação das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração, ocasião em que vestiu o hábito e se consagrou definitivamente à Cristo.
Eleita a Superiora, dedicou sua vida no carisma da catequese e, por isso, afirmava: "Ensinarei sempre o Catecismo, até o meu último sopro de vida. E vos asseguro que morreria contentíssima lecionando o Catecismo". Exortava também às suas filhas: "Em qualquer hora, a irmã catequista deve-se sentir disposta a instruir os pequeninos e os ignorantes; não deve medir os sacrifícios requeridos por este ministério, antes, deveria desejar morrer no cumprimento do próprio dever, se assim fosse do agrado de Deus".
Um outro Beato, Ludovico de Casória, lhe predisse quase profeticamente: "Cuida de não cair na tentação de abandonar as crianças da nossa querida Casória, porque a vontade de Deus é que vivas e morras entre elas". E assim foi. "Dona Julieta", como era chamada pelos cidadãos de Casória, morreu com fama de santidade, no dia 17 de maio de 1929, nessa cidade napolitana, aos oitenta e três anos de idade. A sua Congregação se expandiu não somente pelas cidades italianas como também em outras na Europa, Canadá, Brasil, Filipinas, Peru e Índia, para difundir a evangelização e a promoção humana.
Em 2002, o Papa João Paulo II a beatificou, designando a festa da Beata Júlia Salzano para o dia de seu transito. Além disto, pelo seu carisma ele a designou como "Mulher Profeta da Nova Evangelização".

sexta-feira, 16 de maio de 2025

São Simeão Stock

Simão nasceu em 1165, no castelo da família em Kent, Inglaterra. O seu pai era governador local, e tinha parentesco com a casa real do seu país. A família cristã e pia, lhe proporcionou uma formação intelectual e religiosa aprimorada. Aluno aplicado e inteligente freqüentou o colégio de Oxford, desde os sete anos de idade. Mesmo sendo conduzido para uma carreira que trouxesse glórias terrenas, o que Simão desejava era poder seguir a vida religiosa: para servir a Deus, para a glória de Deus.
Aos doze anos deixou o castelo paterno para viver como eremita. Retirou-se para o interior da floresta perto de Oxford, e nela viveu sua existência consagrada ao Senhor. A morada escolhida era um velho tronco oco de um carvalho. Logo essa notícia se empalhou e o estranho monge passou a ser chamado de Simão "Stock". Assim ele viveu por vinte anos, empenhado na contemplação, na oração e penitência.
Certa noite sonhou com Nossa Senhora que lhe dizia para se juntar aos monges vindos do mosteiro de Monte Carmelo. A Ordem dos Carmelitas é uma das mais antigas e a primeira criada em homenagem à Maria, naquele mosteiro, na Palestina. Mesmo não entendendo direito o sonho, Simão obedeceu a Maria. Voltou para o castelo e aos estudos, formou-se em teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a chegada dos monges, percorria as aldeias visitando pobres e doentes, e evangelizando. Em 1213, os carmelitas chegaram a Inglaterra. Simão pôde finalmente receber o hábito da Ordem.
Após dois anos por seu mérito e virtudes, foi nomeado coadjutor na direção da Ordem. E finalmente em 1216, ocupou o cargo de Vigário-Geral de todas as províncias européias. Era o período dos mais delicados para esses monges, pois eram perseguidos por outras Ordens, e a dos Carmelitas quase foi extinta. Diante das circunstâncias Simão Stock, então Prior-Geral enviou delegados ao Papa Honório III, para informá-lo da situação crucial, e pedir sua proteção. Ao mesmo tempo, convidou todos os carmelitas a rezarem pedindo ajuda à Maria para a Ordem que lhe foi dedicada, até que viesse a resposta de Roma.
Primeiro veio a resposta da Santíssima Virgem. Simão estava em profunda oração contemplativa quando viu aparecer a Mãe de Deus, cercada de anjos, e lhe mostrou o Santo Escapulário da Ordem, dizendo-lhe: "Este será o privilégio para ti e todos os carmelitas; quem morrer vestindo-o, se salvará". Mandou distribui-lo aos monges da Ordem para tranqüiliza-los. Segundo a tradição, a aparição ocorreu no dia 16 de julho de 1251.
Depois chegou a decisão do Papa Inocente, através de uma mensagem datada de 13 de janeiro de 1252, entregue à ele pelos representantes que voltaram Nela o Sumo Pontífice informava, que declarava a existência legal da Ordem dos Carmelitas e autorizava a continuar a criação dos seus mosteiros na Europa. Foi assim que Simão agiu, inclusive promovendo a mudança estrutural da Ordem, que passou da vida monástica eremítica Oriental, para aquela seguida no Ocidente, dos mendicantes ou apostólicos.
A devoção ao Escapulário se difundiu rapidamente à cristandade toda, do Ocidente ao Oriente, como um sinal da proteção maternal de Maria e do próprio empenho de seguir Jesus como sua Santíssima Mãe. Simão morreu com quase cem anos a 16 de maio de 1265, no mosteiro de Bordeaux, na França, onde foi enterrado. A festa à Santo Simão Stock é celebrada no dia 16 de maio, desde 1524, culto que a Igreja depois confirmou e incluiu no seu Calendário Litúrgico.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Santo Isidoro

O santo de hoje nasceu em Madri (Espanha), no ano de 1030.

Ele era lavrador, um camponês. Vocacionado ao matrimônio casou-se com Maria Turíbia e tiveram um filho, o qual perderam ainda cedo.

Vida difícil e sacrificante, Isidoro santificou-se ao aprender a mística de aceitar e oferecer a Deus suas dores. Participava diariamente da Santa Missa e trabalhava para um patrão injusto e impaciente.

Santo Isidoro: um homem fiel, de perdão, que numa tremenda enfermidade não se revoltou. Consumiu-se por amor a Deus. Morreu aos 60 anos.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

São Matias

São Matias era um dos numerosos discípulos que seguiram Jesus, desde o começo de sua vida pública. Foi testemunha de Jesus e viveu todo o drama da paixão, morte e ressurrreição de Jesus. Ele foi o escolhido para ocupar o lugar de Judas Iscariotes, O Traidor, para ocupar o décimo segundo apóstolo, que completou o grupo após a morte de Judas é justamente São Matias, o santo que hoje comemoramos.
Sua Eleição foi descrita nos Atos dos Apóstolos, assim: "É necesário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição" Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e Matias. E fizeram esta oração: "Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu" lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos (atos dos Apóstolos 1,21-26).
Poucos relatos existem sobre sua vida, Sabe-se apenas que ele também morreu sob martírio em Colchis e, muitas vezes, teve seu nome confundido com o de São Mateus, que em muito se assemelha na grafia.
São Matias é agora testemunha do Senhor, como apóstolo chamado em lugar do traidor. Amém.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Nossa Senhora de Fátima

Segundo as memórias da Irmã Lúcia, podemos dividir a mensagem de Fátima em três ciclos: Angélico, Mariano e Cordimariano.
O Ciclo Angélico se deu em três momentos: quando o anjo se apresentou como o Anjo da Paz, depois como o Anjo de Portugal e, por fim, o Anjo da Eucaristia.
Depois das aparições do anjo, no dia 13 de maio de 1917, começa o ciclo Mariano, quando a Santíssima Virgem Maria se apresentou mais brilhante do que o sol a três crianças: Lúcia, 10 anos, modelo de obediência e seus primos Francisco, 9, modelo de adoração e Jacinta, 7, modelo de acolhimento.
Na Cova da Iria aconteceram seis aparições de Nossa Senhora do Rosário. A sexta, sendo somente para a Irmã Lúcia, assim como aquelas que ocorreram na Espanha, compondo o Ciclo Cordimariano.
Em agosto, devido às perseguições que os Pastorinhos estavam sofrendo por causa da mensagem de Fátima, a Virgem do Rosário não pôde mais aparecer para eles na Cova da Iria. No dia 19 de agosto ela aparece a eles então no Valinhos.
Algumas características em todos os ciclos: o mistério da Santíssima Trindade, a reparação, a oração, a oração do Santo Rosário, a conversão, a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Enfim, por intermédio dos Pastorinhos, a Virgem de Fátima nos convoca à vivência do Evangelho, centralizado no mistério da Eucaristia. A mensagem de Fátima está a serviço da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Virgem Maria nos convida para vivermos a graça e a misericórdia. A mensagem de Fátima é dirigida ao mundo, por isso, lá é o Altar do Mundo.
Expressão do Coração Imaculado de Maria que, no fim, irá triunfar é a jaculatória ensinada por Lúcia: "Ó Meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu; socorrei principalmente as que mais precisarem!"

segunda-feira, 12 de maio de 2025

São Pancrácio

As catacumbas romanas atraem devotos e turistas de todo o mundo. Ali estão enterrados os santos dos primeiros anos do catolicismo. Entre eles, do adolescente Pancrácio, com as inscrições confirmando o seu martírio.
Pancrácio nasceu em Roma, filho de pais cristãos, nobres, ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda muito criança, foi morar com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu estudar em Roma, indo morar na mesma casa onde fazia seu retiro o Papa Marcelino, que respeitava Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e profunda fé.
Mas, como a perseguição de Diocleciano não dava tréguas a cristão nenhum, Pancrácio, então com catorze anos de idade, e seu tio Dionísio foram denunciados e levados a júri.
O tio foi imediatamente morto. Pancrácio ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal, estava na flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo. Diocleciano tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e, finalmente, ameaças. Nada deu resultado. Como o adolescente respondia a tudo afirmando que não temia a morte, pois o levaria direto a Deus, o imperador perdeu a paciência e mandou logo decapita-lo. Era o dia 12 de maio de 304.
O seu túmulo se encontra numa das estradas mais famosas de Roma, a via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde no século VI o Papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem, existente até hoje. Há muitas outras igrejas em louvor a São Pancrácio na Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se difundiu. À ele também foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por São Gregório Magno e o de Londres fundado por Santo Agostinho de Canterbury.
A fama de santidade de São Pancrácio, se espalhou e sua devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro dos enfermos, na Itália; padroeiro dos trabalhadores, na Espanha e padroeiro da Juventude da Ação Católica, na América Latina.

domingo, 11 de maio de 2025

Feliz dia das Mães!!

 



Santo Inácio de Lácomi


Francisco Inácio Vincenzo Peis, era o segundo de nove irmãos, nasceu na cidade de Láconi, Itália, no dia 17 de novembro de 1701. Seus pais eram muito pobres, mas ricos de virtudes humanas e cristãs, educando os filhos no fiel seguimento de Jesus Cristo.
Inácio, desde a infância, sentiu um forte chamado para a vida religiosa. Possuía dons especiais da profecia, da cura e um forte carisma. Costumava praticar severas penitências, mantendo seu espírito sereno e alegre, em estreita comunhão com Cristo.
Antes de completar os vinte anos de idade, ele adoeceu gravemente e por duas vezes quase morreu. Nesta ocasião decidiu que seguiria os passos de São Francisco de Assis e se dedicaria aos pobres e doentes, se ficasse curado. E assim o fez. Foi para a cidade de Calhiari para viver entre os frades capuchinhos do Convento do Bom Caminho. Mas não pôde ser aceito, devido a sua frágil saúde. Depois de totalmente recuperado, em 1721, vestiu o hábito dos franciscanos.
Frei Inácio de Láconi, como era chamado, foi enviado para vários conventos e após quinze anos retornou ao Convento do Bom Caminho em Calhiari, onde permaneceu em definitivo. Alí, ficou encarregado da portaria, função que desempenhou até a morte. Tinha o verdadeiro espírito franciscano: exemplo vivo da pobreza, entretanto, de absoluta disponibilidade aos pobres, aos desamparados, aos doentes físicos e aos doentes espirituais, ou seja, aos pecadores, muitos dos quais conseguiu recolocar no caminho cristão.
Durante seus últimos cinco anos de vida, Inácio ficou completamente cego. Mesmo assim continuou cumprindo com rigor a vida comum com todos os regulamentos do convento. Morreu no dia 11 de maio de 1781. Depois da morte a fama de sua santidade se fortaleceu com a relação dos milagres alcançados pela sua intercessão.
Frei Inácio de Láconi foi beatificado pelo papa Pio XII em 1940 e depois canonizado por este mesmo Santo Padre em 1951. O dia designado para sua celebração litúrgica foi o de sua morte: 11 de maio.