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terça-feira, 9 de setembro de 2025

São Pedro Claver


Os escravos negros que chegavam em enormes navios negreiros ao porto de Cartagena, na Colômbia, eram recepcionados e aliviados de suas dores e sofrimentos por um missionário que, além de alimento, vinho e tabaco, oferecia palavras de fé para aquecer seus corações e dar-lhes esperança. Para quem vivia com corrente nos pés e sob o açoite dos feitores, a esperança vinha de Nosso Senhor.
Esse missionário era Pedro de Claver, nascido no povoado de Verdú, em Barcelona, na Espanha, em 26 de junho de 1580. Filho de um casal de simples camponeses muito cristãos, desde cedo revelou sua vocação. Estudou no Colégio dos Jesuítas e, em 1602, entrou para a Companhia de Jesus, para tornar-se um deles.
Quando terminou os estudos teológicos, Pedro de Claver viajou com uma missão para Cartagena, hoje cidade da Colômbia, na América do Sul. Iniciou seu apostolado antes mesmo de ser ordenado sacerdote, o que ocorreu logo em seguida, em 1616, naquela cidade. E assim, foi enviado para Carque, evangelizar os escravos que chegavam da África. Apesar de não entenderem sua língua, entendiam a linguagem do amor, da caridade e do sentimento cristão e paternal que emanavam daquele padre santo. Por esse motivo os escravos negros o veneravam e respeitavam como um justo e bondoso pai.
Em sua missão, lutava ao lado dos negros e sofria com eles as mesmas agruras. O que podia fazer por eles era mitigar seus sofrimentos e oferecer-lhes a salvação eterna. Com essa proposta, Pedro de Claver batizou cerca de quatrocentos mil negros durante os quarenta anos de missão apostólica. Foram atribuídos a ele, ainda, muitos milagres de cura.
Durante a peste, em 1650, ele foi o primeiro a oferecer-se para tratar os doentes. As conseqüências foram fatais: em sua peregrinação entre os contaminados, foi atacado pela epidemia, que o deixou paralítico. Depois de quatro anos de sofrimento, Pedro de Claver morreu aos setenta e três anos de idade, em 8 de setembro de 1654, no dia na festa da Natividade da Virgem Maria.
Foi canonizado pelo papa Leão XIII em 1888. São Pedro Claver foi proclamado padroeiro especial de todas as missões católicas entre os negros em 1896. Sua festa, em razão da solenidade mariana, foi marcada para 9 de setembro, dia seguinte ao da data em que se celebra a sua morte.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Natividade de Nossa Senhora


Hoje relembramos o nascimento, ou seja a Natividade de Nossa Senhora, comemorando o nascimento de Maria, e também o dia em que Deus coloca em prática Seu Plano Eterno, pois se fazia necessário a construção da casa antes que o Rei descesse para habitá-la, sendo Maria esta "casa" construída com sete colunas, representando os sete dons do Espírito Santo.

Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje, foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Segundo uma antiga tradição os pais de Maria, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.

A Natividade de Maria lembra que maria é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos Séculos, para ser a Mãe de Deus. Assim sendo comemoramos sua vinda para este mundo, e não somente seu nascimento no céu como é feito com outros santos.

Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe, é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo: a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade.


São Frederico Osanam


Nascido na Itália, em 23 de abril de 1813, Antonio Frederico Ozanam viveu na França. Muito de sua vida de caridade e serviço aos pobres se deve particularmente ao pai, João Antonio um exemplo de caridade cristã. Este era médico oficial do exército napoleônico e cuidava gratuitamente de pessoas humildes que não tinham como pagar pelos cuidados médicos.
Frederico foi estudar Direito e Letras na universidade de Sorbone em Paris, onde depois foi professor, mas a sua paixão era o estudo de Religião Comparada, nas horas vagas. Nesta época havia se hospedado na casa de Adré-Marie Ampère, o famoso estudioso da eletrodinâmica. Contagiado pela fé do amigo e orientado pelo seu confessor, o abade Noirot, se envolveu com jovens intelectuais cristãos numa época onde o clericalismo ortodoxo estava sendo duramente combatido em toda a Europa.
Defensor da fé, empolgante orador, excelente escritor e precioso professor, Frederico não estava satisfeito em apenas praticar o cristianismo intelectual. Entendia que era necessário fundamentar essa fé o exercício de uma obra de caridade, pois assim ela se justificaria. Então, voltou-se para os pobres e norteou a sua vida no sentido de serví-los, a exemplo de seu pai e dos ensinamentos de Jesus Cristo.
Junto de outros jovens cristãos, com o mesmo objetivo, fundou a Sociedade de São Vicente de Paulo, em 1833, uma instituição católica, mas de leigos, direcionada para dar abrigo e assistência aos pobres e aos excluídos. Entretanto ele pensou não apenas no objetivo social, mas também no religioso para os integrantes a Sociedade, que além de proporcionar o bem estar aos pobres, trilhariam o caminho da santificação, no seguimento de Cristo. Também colocariam em prática os princípios da verdadeira democracia social e dos direitos humanos dos indivíduos baseados na caridade cristã. Por esta visão humanitária e democrática cristã ele é considerado precursor da doutrina social da Igreja.
Frederico Osanam se casou em 1841. Teve uma filha. Mas continuou firme na Obra. Amigo da nobreza e intelectualidade parisiense viajou por toda a Europa, difundindo as "Conferências de Caridade da Sociedade São Vicente de Paulo" . Porém, quando sentiu seu organismo ser tomado pela doença, preferiu ir viver numa das casas da Sociedade São Vicente de Paulo, optando pela vida simples e humilde. Sua obra se expandiu e seus integrantes se tornaram numerosos, espalhando-se por todo o planeta.
Morreu em 08 de setembro de 1853, em Marselha, França. Em 1997, o Papa João Paulo II, durante a solenidade de sua beatificação, na Catedral de Notre Dame, em Paris disse: "Frederico Osanam é verdadeiramente um santo laico do nosso tempo". Sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.

domingo, 7 de setembro de 2025

Santa Regina


Regina ou Reine, seu nome no idioma natal, viveu no século III, em Alise, antiga Gália, França. Seu nascimento foi marcado por uma tragédia familiar, especialmente para ela, porque sua mãe morreu durante o parto. Por essa razão a criança precisou de uma ama de leite, no caso uma cristã. Foi ela que a inspirou nos caminhos da verdadeira fé e da virtude.
Na adolescência, a própria Regina pediu para ser batizada no cristianismo, embora o ambiente em sua casa fosse pagão.
A cada dia, tornava-se mais piedosa e tinha a convicção de que queria ser esposa de Cristo. Nunca aceitava o cortejo dos rapazes que queriam desposá-la, tanto por sua beleza física como por suas virtudes e atitudes, que sempre eram exemplares. Ela simplesmente se afastava de todos, preferindo passar a maior parte do seu tempo reclusa em seu quarto, em oração e penitência.
Entretanto o real martírio de Regina começou muito cedo, e em sua própria casa. O seu pai, um servidor do Império Romano chamado Olíbrio, passou a insistir para que ela aprendesse a reverenciar os deuses. Até que um dia recebeu a denuncia de que Regina era uma cristã. No início não acreditou, mas decidiu que iria averiguar bem o assunto.
Quando Olíbrio percebeu que era verdade, denunciou a própria filha ao imperador Décio, que seduziu-a com promessas vantajosas caso renegasse Cristo. Ao perceber que nada conseguiria com a bela jovem, muito menos demovê-la de sua fé, ele friamente a mandou para o suplício. Regina sofreu todos os tipos de torturas e foi decapitada.
O culto a santa Regina difundiu-se por todo o mundo cristão, sendo que suas relíquias foram várias vezes transladadas para várias igrejas. Até que, no local onde foi encontrada a sua sepultura, foi construída uma capela, que atraiu grande número de fiéis que pediam por sua intercessão na cura e proteção. Logo em seguida surgiu a construção de um mosteiro e, ao longo do tempo, grande número de casas. Foi assim que nasceu a charmosa vila Sainte-Reine, isto é, Santa Rainha, na França.
Esta festa secular ocorre, tradicionalmente, em todo o mundo cristão, no dia 7 de setembro.

sábado, 6 de setembro de 2025

Tarde do Pastel 2025



 

São Zacarias


São Zacarias nasceu em Galaad, pertencente a tribo de Levi. Zacarias cujo nome significa "o Senhor lembra, é o profeta mais citado no Novo Testamento, depois de Isaías, penúltimo dos profetas menores, foi chamado ao ministério profético no mesmo ano de Ageu 520. O seu mistério durou provavelmente até o término da construção do Templo de Jerusalém, tema das suas exortações. Mediante visões e parábolas, anuncia o convite de Deus à penitência, condição para que se realizem as promessas: "Assim fala o Senhor dos exércitos: Convertei-vos a mim, e eu me voltarei a vós." Sua caracteristica é o messianismo, suas profecias referem-se ao futuro do povo Israel, futuro próximo, tempo de benevolência do Senhor para com Israel.
Zacarias põe em evidência o caráter espiritual do novo Israel, a sua santidade, realizada progressivamente, ao lado da reconstrução material, ação divina nesta obra de santificação atingirá a sua plenitude com o reino do Messias. Este renascimento é fruto do amor de Deus e da sua onipotência: "Eis que eu libertarei o meu povo. Reconduzi-lo-ei para habitar em Jerusalém: será o meu povo e eu serei o seu Deus, na fidelidade e na justiça." Será um tempo de paz e de alégria e as injustiças serão eliminadas da face da terra.
Zacarias teria feito muitos prodígios, acompanhado-os com profecias de conteúdo apocalíptico. Morreu muito velho e, provavelmente, foi sepultado ao lado do túmulo de Ageu.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Madre Teresa de Calcutá


Agnes Gouxha Bojaxhiu, a Madre Teresa de Calcutá, nasceu no dia 27 de agosto de 1910, em Skopje, Iugoslávia, de pais albaneses. Seus pais, Nicolau e Rosa, tiveram três filhos. Na época escolar, Agnes tornou-se membro de uma associação católica para crianças, a Congregação Mariana, onde cresceu em ambiente cristão. Aos doze anos já estava convencida de sua vocação religiosa, atraída pela obra dos missionários.
Agnes pediu para ingressar na Congregação das Irmãs de Loreto, que trabalhavam como missionárias em sua região. Logo foi encaminhada para a Abadia de Loreto, na Irlanda, onde aprenderia o inglês e depois seria enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Feitos os votos, adotara o nome Teresa em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionário Primeiramente a Irmã Teresa foi incumbida de ensinar história e geografia no colégio da congregação, em Calcutá. Essa atividade exerceu por dezessete anos. Cercada de crianças, filhas das melhores famílias de Calcutá, impressionava-se com o que via quando saia à rua: pobreza generalizada, crianças e velhos moribundos e abandonados, pessoas doentes sem a quem recorrer.
O dia 10 de setembro de 1946 ficou marcado na sua vida como o "dia da inspiração". Numa viagem de trem ao noviciado do Himalaia, percebe que deveria dedicar toda a sua existência aos mais pobres e excluídos, deixando o conforto do colégio da congregação. E assim ela fez. Irmã Teresa tomou algumas aulas de enfermagem, que julgava útil a seu plano e misturou-se aos pobres, primeiro na cidade de Motijhil. A princípio ela juntou cinco crianças de um bairro miserável e passou a dar-lhes escola. Passados dez dias já se somavam cinqüenta crianças. O seu trabalho começou a ficar conhecido e a solidariedade do povo operava em seu favor, com donativos e trabalho voluntário.
Para Irmã Teresa, o trabalho deveria continuar a dar frutos sem depender apenas das doações e dos voluntários. Seria necessário às suas companheiras que tivessem o espírito de vida religiosa e consagrada. Logo, uma a uma ouviram o chamado de Deus para se entregarem ao serviço dos mais pobres. Nascia a Congregação das Missionárias da Caridade, com seu estatuto aprovado em 1950. E ela se tornou Madre Teresa, a superiora.
As missionárias saíram às ruas e passaram a recolher doentes de toda a espécie. Para as irmãs missionárias, cada doente, cada corpo chagado, representava a figura de Cristo, e sua ajuda humanitária era a mais doce das tarefas. Somente com essa filosofia é que as corajosas irmãs poderiam tratar doentes de lepra, elefantíase, gangrena, cujos corpos, em putrefação, eram imagens horrendas que exalavam odores intoleráveis. Todos eles tinham lugar, comida, higiene e um recanto para repousar junto às missionárias.
Reconhecido universalmente, o trabalho de Madre Teresa rendeu-lhe um prêmio Nobel da Paz, em 1979. Este fora um dos muitos prêmios recebidos pela religiosa devido ao seu trabalho humanitário. Neste período sua obra já havia se espalhado pela Ásia, Europa, África, Oceania e Américas.
No dia 05 de setembro de 1997, Madre Teresa veio a falecer, na Índia. A comoção foi mundial. Uma fila de quilômetros formou-se durante dias a fio, diante da igreja de São Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava sendo velado. Ao fim de uma semana o corpo da Madre foi trasladado ao Estádio Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, celebrou a Missa de corpo presente.
Sete anos depois de sua morte, em 2003, quando o Papa João Paulo II, seu contemporâneo e amigo pessoal, comemorava o jubileu de prata do seu pontificado, ele beatificou Madre Teresa de Calcutá, reconhecida mundialmente como a "Mãe dos Pobres". Nesta emocionante solenidade o Sumo Pontífice disse: "Segue viva em minha memória sua diminuta figura, dobrada por uma existência transcorrida a serviço dos mais pobres entre os mais pobres, porém sempre carregada de uma inesgotável energia interior: a energia do amor de Cristo".

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Tarde do Pastel 2025



 

Santa Rosália

Santa Rosália, nasceu em Palermo, e viveu por alguns anos na corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília ( 1154-1156). Obtido como presente da rainha o monte Pellegrino, Rosália estabeleceu aí sua morada, ou melhor, escolheu-o como lugar de retiro, pela áspera solidão que ofereciam seus penhascos rochosos, inclinados sobre o mar azul. Levou vida de penitência, sendo enterrada nesse local, provavelmente depois de haver procurado outros lugares ainda mais escondidos das distrações do mundo, seguindo os exemplos dos antigos anacoretas.
A padroeira de Palermo, que desfruta de grande devoção na Sicília ao lado das mártires Águeda de Catânia e Lúcia de Siracusa, não tem história igualmente rica de testemunhas e tradições. Otávio Gaietani, um estudioso morto em 1629, lamentava por não ter achado sinais desta santa deixados pelos antepassados, mais três anos após sua morte, parece que a própria santa se incumbiu de preencher essa lacuna aparecendo em outubro de 1623 a uma mulher doente, pedindo que fosse em peregrinação à igrejinha no monte Pellegrino, áspero promontório que fecha do lado do poente em golfo de Palermo. A mulher obedeceu ao desejo de Santa Rosália, que lhe apareceu novamente e indicou-lhe o lugar onde estavam escondidos seus restos mortais. No dia 15 de julho a procura teve êxito, tendo gerado dúvidas que se tratasse de restos humanos, o arcebispo de Palermo, Giannetino Doria, constituiu uma comissão de peritos, composta de médicos e teólogos, que a 11 de fevereiro de 1625 se pronunciou pela autenticidade das relíquias. Isso reacendeu a devoção popular e Urbano VIII, em 1630, inseriu o nome da Santa no Martirológio Romano a 15 de Julho e a 4 de Setembro.
No dia 25 de agosto de 1624, quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, enquanto executavam trabalhos no covento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquina, acharam numa gruta uma inscrição latina, muito rudimentar, que dizia:"Eu, Rosália Sinibaldi, filha das roas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo decidi morar nesta gruta de Quisquina."

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

São Gregório Magno


Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.
Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.
Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.
Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.
Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.
Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.
Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.
Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Santa Doroteia


Nascida em Cesareia da Capadócia no Século III, Santa Doroteia teve seus pais martirizados. Em sua liberdade e formação herdada principalmente dos pais, Doroteia escolheu viver sua juventude na castidade perfeita (virgindade consagrada), em jejum e com muita oração, atraindo desta maneira a afeição daqueles que eram testemunhas de sua humildade, doçura e prudência.
Doroteia foi uma das primeiras vítimas do governador Fabrício, que recebeu ordens imperiais para exterminar a religião cristã. Após um interrogatório, que não a fez renunciar a Jesus, ela continuava cheia de alegria, e dizia: "Tenho pressa de chegar junto de Jesus, meu Senhor, que chamou para si os meus pais".
Teófilo, um advogado, em tom de brincadeira, disse para Doroteia que enviasse do jardim de seu esposo frutos ou rosas, e Doroteia, levando a sério, disse que se ele acreditasse em Deus ela faria o que ele havia pedido.
Aconteceu que antes dela morrer, pediu uns instantes para rezar, chamou um menino de seis anos e entregou-lhe o lenço com o qual havia enxugado o rosto a fim de que chegasse para o advogado Teófilo.
O menino entregou o lenço, justamente na hora em que Doroteia foi decapitada (no ano de 304) e Teófilo entendeu a mensagem de Cristo, e de perseguidor dos cristãos, converteu-se pelo testemunho e intercessão da santa mártir aceitando livremente morrer decapitado por causa do nome de Jesus.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Santo Egídio


São poucos os dados que existem sobre a vida de Egídio. Mas com certeza temos que ele era grego, pertencia à uma rica família da nobreza de Atenas. Depois da morte de seus pais, decidiu ser um ermitão, para viver na pobreza e totalmente dedicado à Deus. Para isto, distribuiu todos os bens que herdou entre os pobres e doentes e viveu isolado na oração e penitência, sendo agraciado pelo Espírito Santo com os dons especiais da cura, da sabedoria e dos milagres.
Um dos primeiros à ele atribuídos diz que, um dia encontrou na porta de uma igreja um mendigo muito doente e esfarrapado. Penalizado com a situação do pobre, Egídio cobriu-o com seu velho manto e naquele instante um prodígio aconteceu: o homem, que até então agonizava se levantou completamente curado. Depois estas curas se repetiram e foram se multiplicando de tal forma que ele ganhou fama de santidade. Mas os devotos passaram a procurá-lo com freqüência, então Egídio decidiu partir.
Em 683 ele viajou para a França. Conta a tradição que ele salvou o navio repleto de passageiros, no qual viajava também. Uma enorme tempestade teria desabado sobre a embarcação. Todos já tinham perdido as esperanças quando Egídio, em prece, ergueu as mãos aos céus. As ondas ameaçadoras se acalmaram na mesma hora e todos desembarcaram com segurança.
Na França viveu numa caverna de uma floresta próxima de Nimes, cuja entrada era escondida por um arbusto espinhoso. Na mais completa pobreza, alimentava-se apenas de ervas, de raízes e do leite de uma corsa que, segundo a tradição, lhe foi enviada por Deus.
Certa vez, o rei Vamba, dos visigodos foi caçar nas proximidades da caverna de Egídio e ao invés de flechar uma corsa que se escondera atrás de um arbusto, flechou a mão do pobre ermitão, que tentava proteger o animal acuado. Foi descoberta, assim, a residência do eremita. O rei para se desculpar passou a visitá-lo com seus médicos até sua cura completa.
Depois disso, o rei continuou a visitá-lo com freqüência presenciando vários prodígios que divulgava na corte. Assim a fama de santidade de Egídio ganhou vulto e ele passou a ter vários discípulos. O rei então mandou construir um mosteiro e uma igreja, que doou para ele, que foi eleito abade. O mosteiro passou a ter uma disciplina própria escrita por Egídio. Mais tarde, ao seu redor surgiu o povoado que deu origem à cidade de Santo Egídio e o mosteiro foi entregue aos beneditinos.
A morte de Egídio ocorreu, provavelmente, no dia 01 de setembro de 720. Logo após, os devotos fizeram da sua sepultura um ponto obrigatório de peregrinação. O seu culto se tornou vigoroso e se estendeu por todo o mundo cristão. Santo Egídio teve sua festa confirmada pela Igreja, que o colocou na lista dos catorze "Santos auxiliadores" do povo, sendo invocado contra a convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.