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terça-feira, 26 de julho de 2011

VOVÔ NEM É TÃO VELHO...


Uma tarde, o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou:
- Quantos anos você tem, vovô?
E o avô respondeu:

- Bem, deixa-me pensar um pouco...
Nasci antes da televisão, das vacinas contra a pólio, comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contato e pílula anticoncepcional.
Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on line.
Não se havia inventado ar-condicionado, lavadora, secadora (as roupas simplesmente secavam ao vento).
O homem nem havia chegado à lua, "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam piercings.
Nasci antes do computador, duplas carreiras universitárias e terapias de grupo.
Até completar 25 anos, chamava cada homem de "senhor" e cada mulher de "senhora" ou "senhorita".
No meu tempo, virgindade não produzia câncer.
Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a sermos responsáveis pelos nossos atos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estava com pressa.
Ter um bom relacionamento, era dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntas.
Não se conhecia telefone sem fio e muito menos celulares.
Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica, rádios FM, fitas cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas, calculadoras (nem as mecânicas, quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livreto de anotações.
Aos relógios se dava corda a cada dia.
Não existia nada digital, nem relógios nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, micro-ondas nem rádio-relógios-despertadores.
Para não falar dos videocassetes ou das filmadoras de vídeo.
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia somente em branco e preto e a revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, sua revelação era muito cara e demorada.
Se em algo lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".
Não se havia ouvido falar de "Pizza Hut", "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos.
Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.

Agora me diga quantos anos acha que tenho?

- Hiii... vovô... mais de 200! Falou o neto.

- Não, querido, somente 58.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Divulgado o programa de viagem do papa Bento XVI durante a Jornada Mundial da Juventude.

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou no último sábado, 25, o programa oficial da viagem do papa Bento XVI a Madri (Espanha), por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que acontecerá na capital espanhola, de 16 a 21 de agosto. Uma das novidades do programa será a confissão de alguns jovens com o papa. Bento XVI chegará à capital espanhola na quinta-feira, 18 de agosto. Ali fará o seu primeiro discurso no aeroporto internacional de Barajas.
Às 19h30, do dia 18, presidirá a celebração de acolhida dos jovens na Praça de Cibeles onde fará o seu segundo discurso em território espanhol.

Na sexta-feira, 19, Bento XVI iniciará seus trabalhos às 7h30 com uma missa privativa, na Capela da Nunciatura Apostólica em Madri. Às 10h, realizará uma visita de cortesia aos Reis da Espanha, no Palácio de La Zarzuela, de Madri. Às 11h30 presidirá um encontro com jovens religiosas no “Patio de los Reyes de El Escorial”.
Às 12h o papa presidirá um encontro com os jovens professores universitários na Basílica de San Lorenzo del Escorial. Às 13h45 almoçará com um grupo de jovens no Salão dos Embaixadores da Nunciatura.
Às 17h o Santo Padre participará de um encontro oficial com o presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, na Nunciatura. Logo em seguida, às 19h30 presidirá a Via Sacra com os jovens na Praça de Cibeles.

Para o sábado, 20, está programada a confissão de alguns jovens da JMJ, nos Jardins del Buen Retíro. Às 10h presidirá uma missa com os seminaristas na Catedral de Santa María la Real de la Almudena de Madri.
Às 12h45 almoçará com os cardeais da Espanha, os bispos da província de Madri e o séquito papal na residência do arcebispo de Madri e presidente da Conferência Episcopal Espanhola, cardeal Antônio Maria Rouco Varela.
Às 17h o papa se encontrará com os membros do Comitê Organizador da JMJ Madri 2011, na Nunciatura. Às 19h40 visitará a Fundação Instituto San José de Madri onde pronunciará um discurso.
Às 20h30 presidirá a Vigília de Oração com os Jovens no Aeródromo de Quatro Ventos em Madri aonde pronunciará um discurso.

No domingo 21 de agosto, o papa Bento XVI presidirá a missa de encerramento da 26ª Jornada Mundial da Juventude, às 9h30, no Aeródromo de Quatro Ventos, logo depois rezará com os presentes a Oração Mariana do Angelus.
Às 12h45 o papa almoçará com os cardeais da Espanha. Às 17h00 se despedirá dos presentes e, às 17h30, presidirá um Encontro com os voluntários da JMJ no Pavilhão 9 do novo centro de exposições Madrid.
Às 18h30 a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Barajas, de Madri, onde fará seu último discurso em solo espanhol. Seu avião deverá decolar às 19h em direção a Roma.
Fonte: CNBB

3 NOITES DE CURA E LIBERTAÇÃO

 TRIDUO À SÃO BENTO!

1ª NOITE: 30/06/11

as 20:00 hs

NOITE DE CURA INTERIOR

Dra. Regina (Psicóloga)

2ª NOITE: 07/07/11

as 20:00 hs

MISSA DE CURA E LIBERTAÇÃO

Celebrante : Pe. Miguel

3ª NOITE: 14/07/11

as 20:00 hs

NOITE DE CURA DAS MALDIÇÕES

Pregadora: Rogéria



LOCAL: COMUNIDADE CATÓLICA JAVÉ YIRÉ

R. JULIA MARTINS DOMINGUES 712 - JD CLARICE - VOTORANTIM -SP

terça-feira, 21 de junho de 2011

3 NOITES DE CURA E LIBERTAÇÃO

 TRIDUO À SÃO BENTO!

1ª NOITE: 30/06/11 
as 20:00 hs

NOITE DE CURA INTERIOR

Dra. Regina (Psicóloga)


2ª NOITE: 07/07/11

as 20:00 hs

MISSA DE CURA E LIBERTAÇÃO

Celebrante : Pe. Miguel



3ª NOITE: 14/07/11

as 20:00 hs

NOITE DE CURA DAS MALDIÇÕES

Pregadora: Rogéria

LOCAL: COMUNIDADE CATÓLICA JAVÉ YIRÉ

R. JULIA MARTINS DOMINGUES 712 -
JD CLARICE - VOTORANTIM -SP

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Juventude será o tema da Campanha da Fraternidade de 2013 .

Qua, 15 de Junho de 2011


Conselho Episcopal Pastoral, que está reunido desde ontem na sede da CNBB.
Fraternidade e Juventude. Este será o tema da Campanha da Fraternidade de 2013. A escolha foi feita hoje, 15, pelo Conselho Episcopal Pastoral, que está reunido desde ontem na sede da CNBB.

O tema foi proposto pelo Setor Juventude da CNBB, que recolheu cerca de 300 mil assinaturas junto aos jovens do Brasil. O lema será escolhido na próxima reunião do Consep.

O Setor da Mobilidade Humana da CNBB apresentou e defendeu o tema do tráfico de pessoa humana e o trabalho escravo. Outros temas foram apresentados, mas não receberam votos.

Esta será a segunda Campanha da Fraternidade sobre a Juventude. A primeira foi realizada em 1992 com o lema “Juventude, caminho aberto”.

A escolha dos temas da Campanha da Fraternidade é feita com antecedência de dois anos.


Fonte: CNBB

 



terça-feira, 31 de maio de 2011

Terço do Triunfo

Eu Sou a Senhora Mãe de Deus, Sou a Santíssima Virgem Maria, a Senhora do Triunfo Universal.

Terço ensinado pela Santíssima Virgem Maria.

No início:

Creio,Salve-Rainha e Pai-Nosso.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende misericórdia de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende compaixão de nós.
Amém.

Pai-Nosso.

Nas contas pequenas:
Sagrados e Imaculados Corações de Jesus e Maria, que o Triunfo de Vosso Corações pulse de Amor pela humanidade inteira.

Nas contas grandes:
Corações Imaculados de Jesus e Maria, derramai os raios de Vosso Triunfo pela Conversão do Mundo inteiro.

No final:
Vinde Jesus e Maria.
Trazei a Glória e o Esplendor de Vossos Corações para converter aqueles que se negam a aceitar o Triunfo de Vossos Divinos Corações.

Amém.

sábado, 28 de maio de 2011

Devoção à Maria é aliança para não viver em pecado, diz Papa

Sábado, 28 de maio de 2011


Devoção à Maria é aliança para não viver em pecado,
diz Papa


O Pontífice Bento XVI afirmou ainda que a devoção à Virgem Maria ajuda santificar o próximo e alcançar a salvação eterna.
O Papa Bento XVI recebeu em audiência, na manhã deste sábado, o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, e, em seguida, um grupo de bispos indianos em visita Ad Limina.
Recebeu ainda o vigário apostólico de Trípoli, Bispo titular de Tabuda, Dom Giovanni Innocenzo Martinelli, e também o prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet.
Já na parte da tarde, os membros da Congregação Mariana Masculina de Regensburg, da Alemanha, foram acolhidos pelo Santo Padre.
Em seu discurso a eles, lembrou as palavras do Papa Pio XII que, em 1948, em uma de suas encíclicas, falou sobre a devoção à Nossa Senhora. "Cada fiel que dedica à Mãe de Deus uma devoção especial estabelece uma aliança para não viver em pecado e para, com toda a força - sob a proteção de Maria - santificar o próximo e alcançar a salvação eterna", ressaltou o Pontífice.

E também hoje o Santo Padre nomeou dois novos membros para a Congregação para os Bispos - o Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Mauro Piacenza, e o Bispo Emérito de Viterbo, Dom Lorenzo Chiarinelli -, o novo subsecretário da Congregação para o Clero, monsenhor Antonio Neri, e o Núncio Apostólico na Suíça e no Principado de Lieschtenstein, Dom Diego Causero, até o momento Núncio Apostólico na República Tcheca.

Fonte: Canção Nova Notícias

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Encontro Mundial das Famílias

Encontro Mundial das Famílias já tem catequese preparatória. Documento «A família: o trabalho e a festa» ajuda os fiéis a reflectirem sobre a sua vivência em casa, no trabalho e nos tempos de descanso.


(24/5/2011)
A Santa Sé apresentou esta terça-feira, em Roma, a catequese preparatória do VII Encontro Mundial das Famílias, evento que se realizará no próximo ano em Milão, entre 30 de Maio e 3 de Junho .

Subordinado ao tema “A família: o trabalho e a festa”, o documento aborda a forma como a família habita o “espaço” social e vive o “tempo” humano de hoje, na intimidade da casa, no trabalho diário e no descanso, através de um conjunto de 10 reflexões distintas.

Para o coordenador do grupo de trabalho que elaborou esta catequese preparatória, D. Franco Brambilla, “é preciso converter as casas em espaços de profunda intimidade entre casais, entre pais e filhos”.

Aquele responsável, bispo auxiliar de Milão, chamou ainda a atenção para o facto de, hoje em dia, “o trabalho estar a marcar profundamente o estilo de vida das famílias”, transformando-as em “sujeitos de necessidades”, onde falta o “sentido da festa”.

Este conjunto de textos está actualmente apenas disponível em italiano, mas será traduzido em inglês, espanhol, francês, alemão, polaco e português.

Na conferencia de imprensa de apresentação, o arcebispo de Milão manifestou a esperança de que este conjunto de textos “anime o caminho de todas as dioceses do mundo, e se torne uma referência útil, não só para a pastoral familiar”.

“É preciso realizar um grande trabalho de comunicação, para que estes conteúdos não fiquem restringidos a alguns e não sejam apenas património intra-eclesial” sublinhou o cardeal Dionigi Tettamanzi.

Este ano celebra-se o trigésimo aniversário da criação do Conselho Pontifício para a Família (CPF), facto lembrado pelo presidente daquele dicastério , cardeal Ennio Antonelli.

O VII Encontro Mundial das Famílias está em destaque numa das secções do novo site do CPF, criado em março deste ano .


Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 8 de maio de 2011

FELIZ DIA DAS MÃES

Sentimento de um Bebê


Quando bebê me agarrei ao ventre ,
Daquela que me fez gerar,
Comecei como uma pequena semente a germinar
Pois ali naquele leito não me faltava calor,
Nem tão pouco amor,
Que já no começo da vida sabia cativar, e respeitar...

Quando dormias sentia o seu coração a pulsar,
Era minha música preferida ,
Era a minha canção de ninar.

Um dia ao sentir Ela triste num canto,
Fiquei pensando no porque daquele pranto
Pois ali Eu estava para te amar e alegrar.

Foi quando o motivo vim saber,
Minha formosa Mamãe era sozinha
Tinha dias que nem o pão tinha,
Para naquele momento comer..

Ficava preocupada comigo, mas eu já era forte,
Já tinha até suporte, pra vida que fui escolher
Hoje em forma de poesia venho a lhe agradecer,
Pedindo sempre a Deus para lhe proteger,
Pois sem ti minha Mãe querida
Eu não teria a abençoada oportunidade de

Viver...



Autor: Denilson Ferreira da Silva

MINHA MÃE... UMA SAUDADE!

Mamãe, sinto-me tão órfão e solitário,
um vazio me deixa triste e sem ação...
Em meu íntimo, choro muito de emoção
à chegada do Dia das Mães no calendário.

Como eu gostaria de ter o compromisso
de ainda ir à loja e comprar o teu presente,
de passar a teu lado um domingo diferente,
e de muitos dias antes, feliz, só pensar nisso.

Saudoso, ainda me lembro de tuas reações,
de teu choro de alegria, com gestos todos teus,
diante da vasta prole, abençoada por Deus;
cenas já sem reprise, hoje meras recordações.

Como era fácil teu sorriso a qualquer piada,
mesmo das sem graça que um dos filhos dizia;
que saudade da família reunida com alegria,
que vontade de saborear tua macarronada!...

No Dia das Mães, agora só me resta um afazer,
levar flores à tua campa, numa esporádica visita,
beijar aquela tua foto, de mirada meiga e bonita,
ritual que vai se repetir enquanto eu não morrer.

sábado, 7 de maio de 2011

ORAÇÃO PELA MULHER

ORAÇÃO PELA MULHER

Obrigado Senhor por teres criado no mundo a mulher
E por tê-la enriquecido com preciosos dons:
o carinho, a sensibilidade, a beleza, a ternura, a dedicação e o amor.
Deste ao homem a graça de encontrar na mulher:uma amiga, irmã, companheira, esposa e mãe.
Nela se processa o mistério da vida, sendo capaz de gerar, de trazer à luz filhos e filhas.
Sem sua presença no mundo, o amor estaria fadado à extinção.
E o mundo ficaria pobre e sem sentido.
Perdoa-nos, Senhor, por nem sempre sabermos reconhecer o verdadeiro valor da mulher,
por muitas vezes a considerarmos objetos, sexo frágil e força de trabalho doméstico.
Que também a mulher reconheça seu valor, sua dignidade e sua missão no mundo.
Que ela não aceite ser instrumentalizada nem banalizada no seu corpo e nos seus sentimentos.
Que no corpo e na alma de cada mulher, possamos continuar encontrando os sinais de MÃE que nela plantaste,

Amém.

( Frei Zeca)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

União homoafetiva: A família é outra realidade

União homoafetiva: A família é outra realidade

Igreja não vai fazer uma cruzada sobre esse assunto, afirma bispo

APARECIDA, sexta-feira, 6 de maio de 2011  - Nessa quinta-feira, 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil aprovou a união estável entre pessoas do mesmo sexo, chamada união homoafetiva.
Nesse contexto, Dom João Carlos Petrini, membro da Comissão da CNBB para a Vida e Família, reafirmou a posição da Igreja quanto ao significado da família. O bispo falou na tarde desta sexta-feira, em coletiva de imprensa na 49ª assembleia geral da CNBB, em Aparecida.
“A Igreja não vai fazer uma cruzada sobre esse assunto. Não faz parte do estilo da Igreja especialmente nos últimos séculos. Mas nós vamos aprofundar cada vez mais a sua proposta, que é aquela de permanecer fiel àquilo que é reconhecido como um desígnio de Deus sobre a pessoa e a família”, afirmou.
O bispo disse que a decisão do STF traz uma mudança radical para a humanidade e que as pessoas ainda não pararam para pensar sobre o teor do assunto.
Ele recorreu ao livro de Gênesis para falar de família e da união homoafetiva. “Está no início da Bíblia, no Livro do Gênesis, nos primeiros versículos a origem e a diferença nos sexos. Não é uma elaboração posterior da parte das culturas humanas.”
“Talvez não avaliamos a importância da mudança que está sendo introduzida estes dias, que não é um pormenor da vida. Trata-se de uma alteração na história que é multimilenar e não é exclusividade da Igreja e do cristianismo.”
Dom Petrini afirmou que a Igreja respeita a decisão dos órgãos do Governo brasileiro, mas ressaltou que a nomenclatura “família” para as uniões homoafetivas descaracteriza o verdadeiro significado de família.
“A família é outra realidade, tem outro fundamento, se move dentro de outro horizonte, e esperamos que seja mantida esta distinção; assim como seria estranho uma pessoa que usasse um jaleco branco fosse chamada de médico, mas não é médico enquanto não tiver certos atributos para poder exercitar a medicina, da mesma forma é estranho também chamar qualquer tipo de união de casamento só porque duas pessoas decidiram morar embaixo do mesmo teto”.
O bispo reafirmou que a posição da Igreja sobre o tema é muito aberta para quem quiser acolher ou rejeitar.
“Quem quiser poderá acolher ou rejeitar a posição da Igreja. Não vamos dar início a nenhuma cruzada, mas vamos procurar defender aquilo que desde Adão e Eva e até ontem foi sempre uma característica típica da vida em nossas sociedades”, disse.

Fonte: CNBB

COMO SE ESCREVE


Quando eu tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infancia pediu aos alunos que fizessemos o desenho de alguma coisa que amávamos. Eu desenhei minha família. Depois, tracei um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras.
Desejando escrever uma palavra acima do círculo, sai de minha mesinha e fui até a mesa da professora e disse:
-Professora, como a gente escreve…?
Ela não me deixou concluir a pergunta. Mandou-me voltar ao meu lugar e não me atrever mais a interromper a aula. Dobrei o papel e guardei no bolso. Quando retornei para casa, naquele dia, me lembrei do desenho e o tirei do bolso.
Alisei-o bem sobre a mesa da cozinha, fui até minha mochila, peguei um lápis e olhei para o grande círculo vermelho. Minha mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia. Eu queria terminar o desenho antes de mostrar para ela e disse:
-Mamãe, como a gente escreve…?
-Menino, não dá pra ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora, e não bata a porta. – foi a resposta dela.
Dobrei o desenho e guardei no bolso. Naquela noite, tirei outra vez o desenho do bolso. Olhei para o grande círculo vermelho e peguei o lápis. Queria terminar o desenho antes de mostrar para o meu pai. Alisei bem as dobras e coloquei o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do meu pai e disse:
-Papai, como a gente escreve…?
-Estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora, e não bata a porta.
Dobrei o desenho e guardei no bolso novamente. No dia seguinte, quando minha mãe separava as roupas para lavar, encontrou no bolso da calça enrolados num papel uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude. Todos os meus “tesouros” que eu catara quando estava fora de casa. Ela nem abriu o papel, atirou tudo no lixo.

Os anos passaram… Quando tinha 28 anos, minha filha de cinco anos fez um desenho. Era o desenho de sua (minha) família. Sorri quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e disse:
-Este aqui é você, papai!
Olhei para o grande círculo vermelho feito por minha filha ao redor das figuras e lentamente comecei a passar o dedo sobre o círculo. Ela desceu rapidamente do meu colo e avisou: “Eu volto logo!”
E voltou, com um lápis na mão.Acomodou-se outra vem em meus joelhos, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou:
-Papai, como a gente escreve amor?
Abracei minha filha, tomei as suas mãozinhas e fui a conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras enquanto dizia:
-Amor, querida, se escreve com as letras T…E…M…P…O (TEMPO).

Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive.

Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, família e afeição. Por fim, lembre-se: se você não tiver tempo para amar, crie. Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo…

…bom, o tempo é uma questão de escolha.

Desconheço o autor.

domingo, 1 de maio de 2011

"O dia esperado chegou! João Paulo II é beato!"


Bento XVI define-o como “gigante” que restaurou a imagem do cristianismo

CIDADE DO VATICANO, domingo, 1º de maio de 2011

 João Paulo II conseguiu, com a força de um gigante, devolver ao cristianismo seu poder de transformar o mundo e fazer que os cristãos deixassem de ter medo de sê-lo, afirmou hoje o Papa, durante a homilia da cerimônia de beatificação do seu predecessor, na Praça de São Pedro.
Diante de mais de um milhão de peregrinos vindos do mundo inteiro para a beatificação em Roma, o Papa Bento XVI definiu o novo beato como um "gigante", que dedicou sua vida a uma "causa": "Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!".

A grande tarefa de João Paulo II, explicou, foi superar a confrontação entre o marxismo e o cristianismo, devolvendo a este último sua força transformadora da sociedade e realizadora das esperanças dos homens.
O Papa polonês, afirmou, "abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e econômicos, invertendo, com a força de um gigante - força que lhe vinha de Deus -, uma tendência que parecia irreversível".

"Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho."
Ou seja, "deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem - ‘Redemptor hominis': foi este o tema da sua primeira encíclica e o fio condutor de todas as outras".

Karol Wojtyla "subiu ao sólio de Pedro trazendo consigo a sua reflexão profunda sobre a confrontação entre o marxismo e o cristianismo, centrada no homem".
"A sua mensagem foi esta: o homem é o caminho da Igreja, e Cristo é o caminho do homem. Com esta mensagem, que é a grande herança do Concílio Vaticano II e do seu ‘timoneiro' - o Servo de Deus Papa Paulo VI -, João Paulo II foi o guia do Povo de Deus ao cruzar o limiar do Terceiro Milênio, que ele pôde, justamente graças a Cristo, chamar ‘limiar da esperança'."

O Papa polonês "conferiu ao cristianismo uma renovada orientação para o futuro, o futuro de Deus, que é transcendente relativamente à história, mas incide na história", afirmou.
"Aquela carga de esperança que de certo modo fora cedida ao marxismo e à ideologia do progresso, João Paulo II legitimamente reivindicou-a para o cristianismo, restituindo-lhe a fisionomia autêntica da esperança, que se deve viver na história com um espírito de ‘advento', numa existência pessoal e comunitária orientada para Cristo, plenitude do homem e realização das suas expectativas de justiça e de paz."

Fonte: Zenit

Vigília: João Paulo II novamente entre os jovens

Do México, Polônia, Romênia ou Itália, todos atraídos pela sua santidade

ROMA, domingo, 1º de maio de 2011 

Quando a vigília de preparação para a beatificação de João Paulo II, no Circo Máximo de Roma, se conectou via satélite com o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, as Missionárias do Santíssimo Sacramento, misturadas entre os peregrinos, agitaram seus lenços para chamar a atenção dos seus conterrâneos.
Elas eram 7 e vinham de Nuevo León. "João Paulo II foi um pai para nós - afirmou a irmã Adela de la Rosa, na noite do sábado. Sempre próximo das pessoas, unido a Cristo, uma testemunha com toda a sua vida."
Sua capacidade de estabelecer contato com as pessoas era impressionante: "Em sua visita ao México, as pessoas o aguardaram na rua durante horas e horas, com a esperança de vê-lo, de poder tocá-lo".

As irmãs tinham previsto ir do Circo Máximo de Roma à Praça de São Pedro e esperar até que, às 5h30, abrissem as entradas para poder participar da beatificação.
O chão estava úmido, pois choveu durante o dia. "E se voltar a chover?", nós lhes perguntamos. "Não tem problema, abriremos os guarda-chuvas", responderam.

Do Leste da Europa
Junto a elas, erguiam bandeiras brancas e vermelhas 19 jovens poloneses que viajaram durante 3 dias para chegar de Gdansk a Roma. Mas eles não sentiam o cansaço. "Mais ainda: para nós - afirmou Magda Batachowska -, é um sonho poder estar aqui por ocasião da beatificação de João Paulo II."
Como polonês, "ele foi especialmente o 'nosso' Papa, um pai para todos e agora um santo a quem podemos nos confiar".
Que palavras ficaram mais gravadas no coração? "Não tenham medo - responde Magda, com segurança. E é assim mesmo, não pode acontecer nada mau a quem crê."
"Nu và temeti!" era o slogan impresso nas camisetas da Ação Católica da Romênia. Saíram de ônibus na quinta-feira passada, de Cluj, e fizeram paradas em Pádua, Assis e em Roma, onde são acolhidos na paróquia de São Barnabé, com sacos de dormir.
"O Papa vinha do Leste da Europa - afirmou Oana Tuduce. Ele sabia compreender a nossa situação, pois ele também a tinha vivido, e isso nos motivava."
"Sua lição fundamental - acrescenta Oana - foi a confiança na verdade, pois a verdade nos torna livres: se houvesse mais valentia em nossos países para enfrentar os erros do passado, a situação atual melhoraria."

Missionário com o sofrimento
Uma longa viagem de ônibus, à noite, também teve de ser enfrentada pelos escoteiros de Misterbianco, na província italiana de Catania.
Giuseppe Scuderi tinha 16 anos quando Wojtyla morreu, mas reconheceu: "Eu o via na televisão e o sentia próximo dos jovens, carinhoso com os pequenos".
Alfredo Murabito acrescenta: "Não se compreendia muito bem quando ele falava, nos últimos momentos da sua vida, mas ele transmitia emoções: ao escutá-lo, eu me sentia melhor".
Esses jovens também programaram uma "noite branca", sem dormir, entre o Circo Máximo e a Praça de São Pedro: "Nós nem sequer trouxemos sacos de dormir - explicam. Seria um peso inútil".

Vidas transformadas em segundos
O irmão Fabian, da Comunidade de São João - que une a vida ativa e a contemplativa -, na Áustria,, lembrou-se de um momento especial ligado a João Paulo II: "Eu tinha 19 anos quando ele visitou Paderborn, no norte da Alemanha, a caminho de Berlim. Ele estava no papamóvel e, ao passar ao meu lado, olhou para mim: foi um momento decisivo para mim".
"Hoje a Igreja nos encoraja a confiar-nos à sua intercessão; e sua beatificação é um selo do que já tínhamos no coração", acrescentou.
Por ocasião da beatificação de Madre Teresa de Calcutá, Constança Andrade, de Lisboa, veio a Roma para se perder na multidão de peregrinos que comemorava os 25 anos de pontificado de João Paulo II.
À noite, foram planejados fogos de artifício: "A Praça de São Pedro estava escura - recordou Constança - e o Papa apareceu na janela. Entoamos o cântico de Nossa Senhora de Fátima, e de repente João Paulo II disse ‘boa noite' em português. É uma lembrança inesquecível".

Santidade próxima
Por que nós o amamos? "Porque ele abriu a Igreja para as pessoas, porque ele é um santo da nossa época", disse Benedetto Coccia, presidente da Ação Católica de Roma.
"João Paulo II trouxe o conceito de santidade aos jovens, fazendo que se desmoronasse o preconceito do afastamento da vida cotidiana, que tínhamos."
Muitos jovens da associação, por ocasião da beatificação, comprometeram-se como voluntários: "É uma forma de serviço - disse Benedetto -, mas também uma forma de agradecer ao Papa, que nos ensinou a ser Igreja".

Alegria neocatecumenal
No Circo Máximo também se encontravam jovens do Caminho Neocatecumental, procedentes de toda a Europa, dançando ao som do tambor bíblico.
Gianfranco Tata, da comunidade neocatecumenal da paróquia de São Jerônimo Emiliani de Roma, é um veterano das Jornadas Mundiais da Juventude, começando com a de Santiago de Compostela, em 1989, passando por Denver, Paris, Roma, Toronto,concluindo com a de Colônia, em 2005, presidida por Bento XVI.
"Eu vi João Paulo II muitas vezes - conta. Acho que ele evangelizou o mundo com seu sofrimento, perturbando a lógica do mundo, que não aceita aqueles que não estão em perfeitas condições."
"Eu o via muitas vezes na televisão, aos domingos - contou Achille Ascione, de Nápoles. Impressionava-me o seu sofrimento, eu sofria com ele. Acredite em mim, eu falo de coração."
Achille não veio ao Circo Máximo como peregrino, mas para vender imagens de João Paulo sorridente enquanto abençoava. É um dos trabalhos que ele improvisa para sustentar-se.
"Presente, presente, o Papa está presente", repetiam em coro os fiéis do Santuário de Guadalupe, contagiando alegria aos 200 mil peregrinos reunidos em Roma. E mais uma vez se ouvia o famoso grito: "Juan Pablo II, te quiere todo el mundo".
Em seu testemunho no palco, acompanhado por mais de 100 países graças à televisão, o cardeal Stanislaw Dziwisz, antigo secretário de Karol Wojtyla, afirmou: "Nesta noite, no Circo Máximo, o Papa João Paulo II está mais presente do que nunca".

(Por Chiara Santomiero)

Fonte: Zenit

sábado, 30 de abril de 2011

João Paulo II, apóstolo da Divina Misericórdia

Data da beatificação recolhe seu legado espiritual

CIDADE DO VATICANO, sábado, 30 de abril de 2011

A escolha de Bento XVI para a data da beatificação de João Paulo II, 1º de maio, que neste ano coincide com o domingo da Divina Misericórdia, não é por acaso.
Em várias ocasiões, mas em particular nos funerais de Karol Wojtyla, o cardeal Joseph Ratzinger mostrou como a herança mais original desse papa à Igreja foi precisamente sua contribuição para a compreensão do mal provocado pelo ser humano à luz do limite colocado pela Divina Misericórdia.
O então decano do colégio cardinalício, ante o corpo de João Paulo II, explicava este legado assim: “Cristo, ao sofrer por todos nós, conferiu um novo sentido ao sofrimento; introduziu aquele amor numa nova dimensão, numa nova ordem... E o sofrimento que queima e consome o mal com o fogo do amor e haure também do pecado um florescimento de bem” (Cf. Homilia do cardeal Ratzinger nas exéquias de João Paulo II).

O mistério do mal ético
Karol Wojtyla sofreu os totalitarismos do século XX, o comunismo e o nazismo, e se perguntava como foi possível que Deus permitisse dramas tão terríveis.
Muitos utilizaram esses males como razões para negar a existência de Deus, ou inclusive para afirmar que Deus não é bom. João Paulo II, em contrapartida, valeu-se deles para refletir sobre o que Deus ensina, ao permitir que ocorram tragédias, por causa da livre cooperação dos homens.
E encontrou a resposta para a questão do mal ético na perspectiva da Divina Misericórdia, no ensinamento da religiosa e mística polonesa Santa Faustina Kowalska (1905-1938).

Santo Agostinho explica que Deus nunca causa o mal. O mal não é uma coisa. Ao criar o ser humano com liberdade, Deus aceitou a existência do mal.
Teria sido melhor que Deus não criasse o homem? Teria sido melhor não criá-lo livre? Não. Mas, então – se perguntava o jovem polonês –, qual é o limite do mal para que ele não tenha a última palavra?
João Paulo II compreendeu que os limites do mal são delimitados pela Divina Misericórdia. Isso não implica que todo o mundo se salve automaticamente pela Divina Misericórdia, desculpando assim todo pecado, mas que Deus perdoará todo pecador que aceitar ser perdoado. Por isso, o perdão, a superação do mal, passa pelo arrependimento.

Se o perdão constitui o limite para o mal (quantas lições se poderiam tirar dessa verdade para superar os conflitos armados!), a liberdade condiciona, de certo modo, a Divina Misericórdia. Deus, com efeito, arriscou muito ao criar o homem livre. Arriscou que rejeite seu amor e que seja capaz, negando a verdade mais profunda de sua liberdade, de matar e pisotear o seu irmão. E pagou o preço mais terrível, o sacrifício de seu único Filho. Somos o risco de Deus. Mas um risco que se supera com o poder infinito da Divina Misericórdia.

Sua mensagem póstuma
João Paulo II tinha preparado uma alocução para o Domingo da Divina Misericórdia, texto que ele não pôde pronunciar, pois na véspera foi chamado à Casa do Pai.
No entanto, quis que esse texto fosse lido e publicado como sua mensagem póstuma: “À humanidade, que no momento parece desfalecida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o Senhor ressuscitado oferece como dom o seu amor que perdoa, reconcilia e abre novamente o ânimo à esperança. Quanta necessidade tem o mundo de compreender e de acolher a Divina Misericórdia!” (Cf. Regina Cæli, 3 de abril de 2005).
Como recordação perene desta mensagem, João Paulo II introduziu no calendário litúrgico a solenidade da Divina Misericórdia, uma semana depois do domingo de Páscoa.
Por este motivo, Dom Guido Marini, mestre de celebrações litúrgicas pontifícias, anunciou que a beatificação de João Paulo II começará na praça de São Pedro com uma novidade.
Os peregrinos irão se preparar para a celebração recitando, em diferentes idiomas, a oração à Divina Misericórdia, prática de devoção promovida por Faustina.
A imagem da Divina Misericórdia, trazida da igreja do Espírito Santo em Sassia, muito próxima do Vaticano, estará presente na parte elevada da praça, em frente à Basílica, até o início da Santa Missa.
 
 
Por Jesús Colina
 
Fonte: Zenit

O último dia de João Paulo II

Testemunho da enfermeira que assistiu o Papa até sua morte

ROMA, sábado, 30 de abril de 2011 

"Fui chamada no final da manhã. Corri, pois tinha medo de não chegar a tempo. No entanto, ele me esperava. 'Bom dia, Santidade, hoje faz sol', disse-lhe em seguida, porque era a notícia que o alegrava no hospital."
Esta é a lembrança de Ritia Megliorin, ex-enfermeira chefe do serviço de reanimação na Policlínica Gemelli, na manhã de 2 de abril, quando foi chamada ao apartamento pontifício, à cabeceira de João Paulo II, o Papa agonizante.
"Não achei que ele fosse me reconhecer. Ele me olhou. Não com esse olhar inquisitivo que usava para entender imediatamente como estava sua saúde. Era um olhar doce, que me comoveu", acrescenta a mulher.
"Senti a necessidade de apoiar a cabeça em suas mãos; permiti-me o luxo de receber seu último carinho, com suas mãos pousando sobre o meu rosto, enquanto ele olhava fixamente para o quadro do Cristo sofredor que estava pendurado na parede na frente da sua cama."

Enquanto isso, ouvindo da Praça, os cantos, orações, as aclamações dos jovens, que se tornavam cada vez mais fortes, a mulher perguntou ao cardeal Dziwisz se estas vozes não estariam incomodando o Papa. "Mas ele, levando-me até a janela, disse-me: 'Rita, estes são os filhos que vieram se despedir do seu pai'."
Eles se conheceram em janeiro de 2005, quando as condições de saúde de Wojtyla tinham se agravado. Megliorin explica que, naqueles dias de começo de ano, chegando ao hospital para começar o trabalho e sem saber que o Papa tinha sido internado, foi-lhe dito que se apressasse, que fosse até o 10° andar, porque lá estava "um hóspede especial".
"Imaginem - diz a mulher - um lugar onde não existe o espaço e onde não existe o tempo, e imaginem somente muita luz." Foi esta luz que acompanhou os dias do Pontífice.
"Naqueles meses, toda manhã, eu entrava no seu quarto e o encontrava já acordado, porque ele rezava desde as 3h. Eu abria as persianas e, dirigindo-me a ele, dizia: 'Bom dia, Santidade, hoje faz sol'. Aproximava-me e ele me abençoava. Eu me ajoelhava e ele acariciava o meu rosto."

Este era o ritual que dava início aos dias de Wojtyla. "No demais, eu era uma enfermeira inflexível e ele era enfermo inflexível. Queria estar a par de tudo, da doença, da sua gravidade. Quando não entendia, olhava para mim como pedindo que lhe explicasse melhor."
"Ele nunca deixou de estudar os problemas do homem. Lembro-me dos livros de genética, por exemplo, que ele consultava e estudava com atenção, inclusive naquelas condições." Isso refletia o seu não querer se render, esse querer viver a graça da vida recebida: "Cada dia, dizíamos um ao outro que 'todo problema tem solução'".
E o Papa dizia isso também e sobretudo às pessoas com quem se encontrava, por quem sentia um amor de pai. "E como todo pai, sentia uma predileção pelos mais fracos. Por exemplo, na Jornada Mundial da Juventude de Tor Vergata, em Roma, ele cumprimentou os jovens que estavam no fundo, pensando que provavelmente não tinham conseguido vê-lo direito. Também no hospital, ele se dedicava aos mais humildes e não tanto aos grandes professores; perguntava-lhes por suas famílias, se tinham crianças em casa."

Recordando, no entanto, as últimas internações, a enfermeira acrescentou: "O Papa viveu os momentos talvez mais difíceis na Policlínica", mas "assistir os doentes é um dom, pelo menos para quem acredita em Deus. E contudo, também para quem não tem fé, é uma experiência única".
Para quem compreende plenamente o sentido do que Megliorin entende, tornam-se estridentes as perguntas de tantos jornalistas, reunidos na Universidade Pontifícia da Santa Cruz para escutar, em um encontro com a mídia, o testemunho da enfermeira.

Alguns se perguntam se um filme sobre a vida de Wojtyla corresponde à verdade, sobretudo o fragmento no qual o filme conta que o Papa teve espasmos no momento da sua morte. Perguntas extravagantes, às vezes inoportunas, se não fossem de gosto duvidoso. De fato, a enfermeira pergunta quantas pessoas da sala assistiram à perda de um progenitor nos próprios braços: "Não posso responder - explica a contragosto. Quem não viveu isso não pode entender".
Então, "a morte foi um alívio?", insiste outro. "A morte nunca é um alívio - replica a mulher. Como enfermeira, posso dizer somente que existe um limite no tratamento, para além do qual esta se converte em um tratamento médico agressivo." A curiosidade por saber se Wojtyla se engasgava ou não, se tinha força para comer, beber ou respirar, tudo isso é uma violação da intimidade de um corpo, da sacralidade de uma vida. Seu pensamento volta às palavras de Wojtyla que, no entanto, "restituiu a dignidade ao enfermo", recorda Megliorin.

Na carta apostólica 'Salvifici doloris', de 1984, João Paulo II escreve que a dor "é um tema universal que acompanha o homem em todos os graus da longitude e latitude geográfica, ou seja, que coexiste com ele no mundo". Também escreve que "o sofrimento parece pertencer à transcendência do homem: é um desses pontos nos quais o homem parece, de certa forma, 'destinado' a superar a si mesmo e chega a isso de maneira misteriosa".

João Paulo II, "no último momento da sua vida terrena - conclui Rita Megliorin -, resgatou a sua cruz, encarregando-se não somente da sua, mas também das de todos os que sofrem. Fez isso com a alegria que nasce da esperança de acreditar em um amanhã melhor. Acho, inclusive, que ele tinha a esperança de um hoje melhor".

(Por Mariaelena Finessi)

Fonte: Zenit

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Corpo do papa - João Paulo II será trasladado

Corpo do papa polonês será trasladado à Basílica vaticana no domingo

ROMA, sexta-feira, 29 de abril de 2011

No início da manhã desta sexta-feira, diante de 12 pessoas, na cripta vaticana, o túmulo de João Paulo II foi aberto e retirado o caixão que abriga seu corpo.
A terceira, das três caixas que protegem o corpo do pontífice, surgiu aos olhos dos presentes. É de madeira clara. Ficou na memória de muitos através das imagens do funeral, com o Evangelho apoiado em cima, com as páginas ao vento.

O padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicou hoje, em uma concorrida coletiva de imprensa no Vaticano, que no caixão há uma inscrição em latim afirmando que se trata do corpo de João Paulo II, de 84 anos, 10 meses e 15 dias, cabeça da Igreja universal durante 26 anos, 5 meses e 17 dias; e a data: ‘Anno Domini 2005’.
Na abertura do túmulo, entre outros representantes eclesiais, estavam o cardeal Angelo Comastri, e os monsenhores Giuseppe D’Andrea e Vittorio Lanzani, pela Basílica e o Capítulo de São Pedro. Junto a eles, os cardeais Tarcisio Bertone – secretário de Estado –, Giovanni Lajolo – presidente do Governo do Estado da Cidade do Vaticano –, Stanislao Dziwisz – arcebispo de Cracóvia e ex-secretário pessoal de João Paulo II –.

O cardeal Comastri entoou o canto das ladainhas da Virgem, enquanto durante um breve percurso o caixão, coberto com um lençol branco, foi acompanhado pelos presentes até o túmulo de São Pedro, ainda na cripta vaticana.
O caixão permanecerá na cripta até a manhã de domingo, quando será levado à Basílica de São Pedro, ante o altar central. Ali Bento XVI e, em seguida, os fiéis poderão prestar homenagem ao falecido pontífice.

O cardeal Bertone recitou na manhã de hoje uma breve oração que concluiu a operação de abertura do túmulo de João Paulo II. A grande lápide sepulcral que fechava até agora o túmulo será enviada à Cracóvia, para uma igreja dedicada ao beato.
A colocação definitiva do corpo de João Paulo II sob o altar da capela de São Sebastião, dentro da Basílica de São Pedro, acontecerá no final da tarde de 2 de maio, após o fechamento da Basílica.

Por Chiara Santomiero
Fonte: ZENIT

quinta-feira, 28 de abril de 2011

NAMORO, TEMPO DE ESCOLHER E DE CONHECER

Quando você vai comprar um sapato ou um vestido, não leva para casa o primeiro que experimenta, é claro. Você escolhe, escolhe… até gostar da cor, do modelo, do preço, e servir bem nos seus pés ou no seu corpo. Se você escolhe com tanto cuidado um simples sapato, uma calça, quanto mais cuidado você precisa ter ao “escolher” a pessoa que deve viver ao seu lado para sempre, construir uma vida a dois com você, e dando vida a novas pessoas.

Talvez você possa um dia mudar de casa, mudar de profissão, mudar de cidade, mas não acontece o mesmo no casamento. É claro que você não vai escolher a futura esposa, ou o futuro marido, como se escolhe um sapato. Já dizia o poeta que “com gente é diferente”. Mas, no fundo será também uma criteriosa escolha.

Se você escolher namorar aquela garota, só porque ela é “fácil”, pode ser que você chore depois se ela o deixar por outro. Se você escolher aquele rapaz só porque ele é um “gato”, pode ser que amanhã ele faça você chorar quando se cansar de você. O namoro é este belo tempo de saudável relacionamento entre os jovens, onde, conhecendo-se mutuamente, eles vão se descobrindo e fazendo “a grande escolha”.Já ouvi alguém dizer, erradamente, que “o casamento é um tiro no escuro”; isto é, não se sabe onde vai acertar; não se sabe se vai dar certo. Isto acontece quando não há preparação para a união definitiva, quando não se leva a sério o amor pelo outro.

A preparação para o seu casamento começa no namoro, quando você conhece o outro e verifica se há afinidade dele com você e com os seus valores. Se o seu namoro for sério, seu casamento não será um tiro no escuro, e nem uma roleta da sorte. O seu casamento vai começar num namoro. Por isso, mão brinque com ele, não faça dele apenas um passa – tempo, ou uma “gostosa” aventura; você estaria brincando com a sua vida e com a vida do outro. Só comece a namorar quando você souber “porque” vai namorar. Mais importante do que a idade para começar a namorar, 15 anos, 17 anos, 22 anos, é a sua maturidade.
A idade em que você deve começar a namorar é aquela na qual você já pensa no casamento, com seriedade, mesmo que ele esteja ainda longe.

Para que você possa fazer bem uma escolha, é preciso que saiba antes o que você quer. Sem isto a escolha fica difícil. Que tipo de rapaz você quer? Que qualidades a sua namorada deve ter? O que você espera dele ou dela? Esta premissa é fundamental. Se você não sabe o que quer, acaba levando qualquer um… Os valores do seu namorado devem ser os mesmos valores seus, senão, não haverá encontro de almas. Se você é religiosa e quer viver segundo a Lei de Deus, como namorar um rapaz que não quer nada disso? É preciso ser coerente com você.

Se você tem uma boa família, seus pais se amam, seus irmãos estão juntos, então será difícil construir a vida com alguém que não tem um lar e não dá importância para o valor da família. Tenho encontrado muitos casais de namorados e de casados que vivem uma dicotomia nas suas vidas religiosas; e isto é motivo de desentendimento entre eles. Há jovens que pensam assim: “eu sou religiosa e ele não; mas, com o tempo eu o levo para Deus”. Isto não é impossível; e tenho visto acontecer. No entanto, não é fácil. E a conversão da pessoa não basta que seja aparente e superficial; há que ser profunda, para que possa satisfazer os seus anseios religiosos. Não se esqueça que a religião é um fator determinante na comunhão do casal e na educação dos filhos.

Não renuncie os seus autênticos valores na escolha do outro. Se é lícito você tentar adequar-se às exigências do outro, por outro lado, não é lícito você matar os seus valores essenciais para não perdê-lo. Não sacrifique o que você é, para conquistar alguém. Há coisas secundárias dos quais podemos abdicar, sem comprometer a estrutura básica da vida, mas há valores essenciais que não podem ser sacrificados. Já vi muitas moças cristãs aceitarem um namoro com alguém divorciado, por medo de ficarem sós. É melhor ficar só, do que violar a Lei de Deus; pois ninguém pode ser plenamente feliz se não cumpre a vontade Dele. Portanto, saiba o que você quer, e saiba conquistá-lo sem se render. Não se faça de cego, nem de surdo, e nem de desentendido.

Para que você possa chegar um dia ao altar, você terá que escolher a pessoa amada; e, para isto é fundamental conhecê-la. O namoro é o tempo de conhecer o outro. Mais por dentro do que por fora. E para conhecer o outro é preciso que ele “se revele”, se mostre. Cada um de nós é um mistério, desconhecido para o outro. E o namoro é o tempo de revelar (= tirar o véu) esse mistério. Cada um veio de uma família diferente, recebeu valores próprios dos pais, foi educado de maneira diferente e viveu experiências próprias, cultivando hábitos e valores distintos. Tudo isto vai ter que ser posto em comum, reciprocamente, para que cada um conheça a “história “ do outro. Há que revelar o mistério! Se você não se revelar, ele não vai conhecê-la, pois este mistério que é você, é como uma caixa bem fechada e que só tem chave por dentro. É a sua intimidade que vai ser mostrada ao outro, nos limites e na proporção que o relacionamento for aumentando e se firmando.

É claro que você não vai mostrar ao seu namorado, no primeiro dia de namoro, todos os seus defeitos. Isto será feito devagar, na medida que o amor entre ambos se fortalecer. Mas há algo muito importante nesta revelação própria de cada um ao outro: é a verdade e a autenticidade. Seja autêntico, e não minta. Seja aquilo que você é, sem disfarces e fingimentos mostre ao outro, lentamente, a sua realidade.

A mentira destrói tudo, e principalmente o relacionamento. Não tenha vergonha da sua realidade, dos seus pais, da sua casa, dos seus irmãos, etc. Se o outro não aceitar a sua realidade, e deixá-lo por causa dela, fique tranqüilo, esta pessoa não era para você, não o ama. Uma qualidade essencial do verdadeiro amor é aceitar a realidade do outro. O amor pelo outro cresce na medida que você o conhece melhor. Não se ama alguém que não se conhece.

Não fique cego diante do outro por causa do brilho da sua beleza, da sua posição social ou do seu dinheiro. Isto impediria você de conhecê-lo interiormente e verdadeiramente.

Lembre-se de uma coisa, aquilo que dizia Saint Exupéry: “o importante é invisível aos olhos”. “Só se vê bem com o coração”. São Paulo nos lembra que o que é material é terreno e passageiro, mas o que é espiritual é eterno. Tudo o que você vê e toca pode ser destruído pelo tempo, mas o que é invisível aos olhos está apegado ao ser da pessoa e nada pode destruir. Esse é o seu verdadeiro valor.

A beleza do corpo dela hoje, embora seja importante, amanhã não existirá mais quando o tempo passar, os filhos crescerem… O amor não é um ato de um momento, mas se constrói “a cada momento”. Não se pode conhecer uma pessoa “à primeira vista”, é preciso todo um relacionamento. Só o tempo poderá mostrar se um namoro deve continuar ou terminar, quando cada um poderá conhecer o interior do outro, e então, puder avaliar se há nele as exigências fundamentais que você fixou.

Prof. Felipe Aquino –
www.cleofas.com.br

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Quinze Pai-Nossos

Santa Brígida desejava saber o número de golpes que Nosso Senhor recebeu durante a Paixão, certo dia Ele lhe apareceu dizendo:
"Recebi em meu corpo 5.480 golpes.
Se desejais honrar as chagas que eles me produziram, mediante uma veneração particular, deveis recitar quinze Pai-Nossos e quinze Ave-Marias durante um ano inteiro acrescentando as seguintes orações que eu vos ensino agora ".
Ele acrescentou em seguida que quem recitar estas orações durante um ano, "conseguirá livrar do purgatório quinze almas de sua família; quinze justos serão conservados em estado de graça e quinze pecadores da sua família serão convertidos."
A pessoa que as recitar será elevada ao mais eminente grau de perfeição e quinze dias antes de sua morte, eu lhe darei o meu Precioso Corpo para que seja livre da fome eterna; e o meu Precioso Sangue, a fim de que não padeça sede eternamente; e quinze dias antes de sua morte, ela experimentará uma contrição profunda de todos os seus pecados e um profundo conhecimento deles.
Diante dela eu colocarei o sinal de minha cruz vitoriosa como socorro e defesa contra os embustes de seus inimigos.
Antes de sua morte eu virei em companhia de minha muito cara e amada mãe, para conduzi-la às alegrias eternas; e tendo-a levado até lá darei a beber um trago singular da fonte da minha Divindade, o que não farei, absolutamente, a outros que não hajam recitado as minhas Orações com profundo respeito e meditando em cada palavra.
Aquele que disser estas orações pode estar seguro de estar associado ao supremo coro dos anjos e todo aquele que ensinar a alguém terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos.
No lugar onde se encontrarem esta orações Deus estará presente com sua graça.
Mesmo que alguém tenha passado 30 anos em pecado mortal logo que reza estas orações ou faz o propósito de rezá-las, o Senhor perdoar-lhe-á de todos os seus pecados.

E tudo que deseja de Deus e da Santíssima Virgem ser-lhe-á concedido.

O Papa Pio IX tomou conhecimento destas orações em 31 de maio de 1862 e as julgou verdadeiras, pois causam benefícios para as almas, este reconhecimento do Papa foi confirmado por Deus pela realização das promessas com todas as pessoas que tinham rezado as orações e por inúmeros fatos e sinais pelas quais Deus queria mostrar que realmente vinham d'Ele.

Orações Iniciais

Sinal da Cruz.

Oração ao Espírito Santo:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da Terra.
Oremos:
Oh! Deus, que doutrinais os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos que, pelo mesmo Espírito Santo, saibamos o que é reto e gozemos sempre de sua preciosa consolação.
Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.

Primeira Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus Cristo, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa toda alegria e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até ao ponto de assumir a nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles.
Lembrai-vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante de vossa Conceição e sobretudo durante a vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina.
Lembrai-vos, Senhor, que, celebrando a Ceia com os vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, destes-lhes o vosso Sagrado Corpo e precioso Sangue e consolando-os docemente lhes predissestes vossa Paixão iminente.
Lembrai-vos da tristeza e da amargura que experimentastes em vossa alma, como o testemunhastes, Vós mesmo por estas palavras:
"Minha alma está triste até à morte".
Lembrai-vos, Senhor, dos temores, angústias e dores que suportastes em vosso corpo delicado antes do suplício da cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes, derramando um suor de sangue, fostes traído por Judas, vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juizes, na flor da vossa juventude e no tempo solene de Páscoa.
Lembrai-vos que fostes despojado das vossas próprias vestes e revestido das vestes de irrisão, que vos velaram os olhos e a face, que vos deram bofetadas, que vos coroaram de espinhos, que vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes.
Em memória dessas penas e dores que suportastes antes da vossa Paixão sobre a cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja.

Segunda Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-vos do peso acabrunhador de tristeza que suportastes, quando vossos inimigos, quais leões furiosos, vos cercaram, e por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios, vos atormentaram à porfia.
Em consideração desses insultos e desses tormentos, eu vos suplico, meu Salvador, que vos digneis libertar-me dos meus inimigos visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com o vosso auxílio, à perfeição da salvação eterna. Assim seja.

Terceira Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, Criador do céu e da terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob o vosso poder, lembrai-vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na cruz vossas sagradas mãos e vossos pés tão delicados, traspassaram-nos com grandes e rombudos cravos e não vos tendo encontrando no estado em que teriam desejado para dar largas à sua cólera, dilataram as vossas chagas, exacerbando assim as vossas dores.
Depois, por uma crueldade inaudita, vos estenderam sobre a cruz e vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os vossos membros.
Eu vos suplico, pela lembrança desta dor que suportastes na cruz com tanta santidade e mansidão, que vos digneis conceder-me o vosso temor e o vosso amor. Assim seja.

Quarta Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, médico celeste, que fostes elevado na cruz a fim de curar as nossas chagas por meio das vossas, lembrai-vos do abatimento em que vos encontrastes e das contusões que vos infligiram em vossos sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada à vossa.
Da planta dos pés até o alto da cabeça nenhuma parte do vosso corpo esteve isenta de tormentos; e, entretanto, esquecido de vossos sofrimentos, não vos cansastes de suplicar a vosso Pai pelos inimigos que vos cercavam, dizendo-lhe:
"Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem".
Por esta grande misericórdia e em memória desta dor, fazei com que a lembrança de vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja.

Quinta Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, espelho do esplendor eterno, lembrai-vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando à luz da vossa divindade a predestinação daqueles que deviam ser salvos pelos méritos de vossa santa Paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos que deviam ser condenados por causa de seus pecados e lastimastes amargamente a sorte desses infelizes pecadores, perdidos e desesperados.
Por este abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão, dizendo-lhe:
"Hoje estarás comigo no paraíso" , eu vos suplico, oh! doce Jesus, que na hora de minha morte, useis de misericórdia para comigo. Assim seja.

Sexta Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, Rei amável e todo desejável, lembrai-vos da dor que experimentastes quando, nu e como um miserável, pregado e levantado na cruz, fostes abandonado por todos os vossos parentes e amigos, com exceção de vossa Mãe bem-amada, que permaneceu, em companhia de São João, muito fielmente junto de vós na Agonia.
Lembrai-vos de que os entregastes um ao outro, dizendo:
"Mulher, eis aí o teu filho!" e a João: "Eis aí a tua Mãe!"
Eu vos suplico, oh! meu Salvador, pela espada de dor que então traspassou a alma de vossa santa Mãe, que tenhais compaixão de mim em todas as minhas angústias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que vos digneis assistir-me nas provações que me sobrevierem, sobretudo na hora da minha morte. Assim seja.

Sétima Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, fonte inexaurível de piedade que, por uma profunda ternura de amor, dissestes sobre a Cruz:
"Tenho sede!" , mas, sede da salvação do gênero humano.
Eu vos suplico, oh! meu Salvador, que vos digneis estimular o desejo que meu coração experimenta de tender à perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor dos desejos mundanos. Assim seja.

Oitava Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, doçura dos corações, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes sobre a cruz por amor de todos nós, concedei-me a graça de receber dignamente o vosso Corpo e vosso preciosíssimo Sangue durante a minha vida e na hora de minha morte, a fim de que sirvam de remédio e de consolo para a minha alma. Assim seja.

Nona Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, virtude real, alegria do espírito, lembrai-vos da dor que suportastes, quando, mergulhado na amargura ao sentir aproximar-se a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por vosso Pai, dizendo-lhe:
"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"
Por essa angústia eu vos suplico, oh! meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores da morte.Assim seja.

Décima Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, que sois em todas as coisas começo e fim, vida e virtude, lembrai-vos de que por nós fostes mergulhado num abismo de dores, da planta dos pés até o alto da cabeça.
Em consideração da extensão de vossas chagas, ensinai-me a guardar os vossos mandamentos, mediante uma sincera caridade, mandamentos esses que são caminho espaçoso e agradável para aqueles que vos amam. Assim seja.

Décima Primeira Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, profundíssimo abismo de misericórdia, suplico-vos, em memória de vossas chagas que penetraram até a medula de vossos ossos e atingiram até vossas entranhas, que vos digneis afastar esse pobre pecador do lodaçal de ofensas em que está submerso, conduzindo-o para longe do pecado.
Suplico-vos também esconder-me de vossa Face irritada, ocultando-me dentro de vossas chagas até que vossa cólera e vossa justa indignação tenham passado. Assim seja.

Décima Segunda Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, espelho de verdade, sinal de unidade, laço de caridade, lembrai-vos dos inumeráveis ferimentos que recebestes, desde a cabeça até os pés, ao ponto de ficardes dilacerado e coberto pela púrpura de vosso sangue adorável.
Quão grande e universal foi a dor que sofrestes em vossa carne virginal por nosso amor!
Dulcíssimo Jesus, que poderíeis fazer por nós que não o houvésseis feito?
Eu vos suplico, oh! meu Salvador, que vos digneis imprimir, com o vosso precioso Sangue, todas as vossas chagas no meu coração, a fim de que eu relembre, sem cessar, vossas dores e vosso amor.
Que pela fiel lembrança de vossa Paixão, o fruto dos vossos sofrimentos seja renovado em minha alma e que vosso amor vá crescendo em mim cada dia mais, até que eu me encontre finalmente convosco, vós que sois o tesouro de todos os bens e a fonte de todas as alegrias.
Oh! dulcíssimo Jesus, concedei-me poder gozar de semelhante ventura na vida eterna. Assim seja.

Décima Terceira Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, fortíssimo Leão, rei imortal e invencível, lembrai-vos da dor que vos acabrunhou quando sentistes esgotadas todas as vossas forças, tanto do coração como do corpo e inclinastes a cabeça, dizendo:
"Tudo está consumado!"
Por esta angústia e por esta dor, eu vos suplico, Senhor Jesus, que tenhais piedade de mim quando soar a minha última hora e minha alma estiver amargurada e meu espírito cheio de aflição. Assim seja.

Décima Quarta Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, Filho Único do Pai, esplendor e imagem da sua substância, lembrai-vos da humilde recomendação que lhes dirigistes, dizendo:
"Meu Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito!"
Depois expirastes, estando vosso corpo despedaçado, vosso coração traspassado e as entranhas de vossa misericórdia abertas para nos resgatar!
Por essa preciosa morte, eu vos suplico, oh! Rei dos Santos, que me deis força e me socorrais para resistir ao demônio, à carne e ao sangue, a fim de que, estando morto para o mundo, eu possa viver somente em Vós.
Na hora da minha morte, recebei, eu vos peço, minha alma peregrina e exilada, que retorna para Vós. Assim seja.

Décima Quinta Oração
Pai-Nosso, Ave-Maria

Oh! Jesus, videira verdadeira e fecunda, lembrai-vos da abundante efusão de sangue que tão generosamente derramastes de vosso sagrado corpo, assim com a uva é triturada no lagar.
Do vosso lado, aberto pela lança de um dos soldados, jorraram sangue e água, de tal modo que não retivestes uma gota sequer.
E, enfim, como um ramalhete de mirra, elevado na cruz, vossa carne delicada se aniquilou, feneceu o humor de vossas entranhas e secou a medula de vossos ossos.
Por esta tão amarga Paixão e pela efusão de vosso precioso Sangue, eu vos suplico, oh! bom Jesus, que recebais minha alma quando eu estiver na agonia. Assim seja.

Oração Final:

Oh! doce Jesus, vulnerai o meu coração a fim de que lágrimas de arrependimento, de compunção e de amor, noite e dia me sirvam de alimento, convertei-me inteiramente a vós.
Que meu coração vos sirva de perpétua habitação.
Que minha conduta vos seja agradável e que o fim de minha vida seja de tal modo edificante que eu possa ser admitido no vosso paraíso, onde, com todos os vossos Santos, hei de vos louvar para sempre. Assim seja.