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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Não se deve idolatrar o dinheiro, diz o papa

Vaticano, 01 fev. 22 / 09:35 am (ACI).- 
O papa Francisco falou ontem, 31 de janeiro, sobre a importância de dar “bom uso” ao dinheiro para não o idolatrar nem permanecer escravos dos bens materiais.

“A Bíblia não demoniza o dinheiro, mas nos convida a usá-lo corretamente, a não ser escravos dele, a não o idolatrar, não é fácil”, disse o papa ao receber uma delegação da receita federal italiana nesta segunda-feira, no Vaticano.

Francisco disse que na Bíblia existem diferentes referências ao pagamento de impostos e destacou o exemplo de Zaqueu e de são Mateus no Evangelho.

Por um lado, o papa destacou que o Evangelho de São Lucas (Lc 19,1-10) descreve o escândalo causado pela conversão de Zaqueu quando encontrou Jesus Cristo em Jericó e acrescentou que este episódio descreve "a conversão de um o homem que não só reconhece o seu próprio pecado de ter defraudado os pobres, mas sobretudo compreende que a lógica de acumular para si mesmo o isolou dos demais. Por isso, devolve e compartilha. O amor gratuito de Jesus lhe tocou o coração quando quis ir diretamente para a sua casa”.

Além disso, o papa recordou a vocação de são Mateus (Mt 9,9-13), que foi representada em um quadro famoso do pintor italiano Caravaggio que "imortaliza o momento em que Jesus lhe estende a mão e o chama" 

“A partir desse momento, a vida de Mateus não é mais a mesma: é iluminada e aquecida pela presença de Cristo. E às vezes, quando rezamos ao Senhor para tomar uma decisão, pedimos a graça de nos iluminar – e devemos fazer isso sempre– mas nem sempre pedimos a outra graça: que nos aqueça o coração”.

Segundo o papa, “uma boa decisão precisa de duas coisas: uma mente clara e um coração cálido, aquecido pelo amor”. 

"Talvez Mateus tenha continuado usando e administrando os seus próprios bens, e talvez os dos outros, mas certamente com uma lógica diferente: a do serviço aos necessitados e a da partilha com os irmãos, como o Mestre lhe ensinou", disse.

Ao falar sobre o dízimo, o papa explicou que para os levitas “serviu para amadurecer duas verdades na consciência do povo: a de não ser autossuficiente, porque a salvação vem de Deus; a de sermos responsáveis ​​uns pelos outros, começando pelos mais necessitados”.

Em seguida, Francisco destacou em seu discurso a importância dos princípios de legalidade, imparcialidade e transparência, que são uma bússola valiosa.

Quanto à legalidade, o papa disse que é fundamental porque "a legalidade protege a todos" e explicou que "os impostos são um sinal de legalidade e justiça" porque "devem favorecer a redistribuição da riqueza, protegendo a dignidade dos pobres e dos últimos, que estão sempre em risco de serem esmagados pelos poderosos”, pois “quando os impostos são justos, são para o bem comum”.

Por fim, o papa lamentou “os casos de evasão fiscal, pagamentos ilícitos e ilegalidade generalizada” e destacou que há também “a honestidade de muitas pessoas que não se esquivam de suas obrigações, que pagam suas dívidas e assim contribuem para o bem comum. O flagelo da evasão é respondido pela simples retidão de muitos contribuintes, e este é um modelo de justiça social”.

“Que são Mateus os cuide e apoie o seu compromisso com o caminho da legalidade, imparcialidade e transparência. Não é fácil, mas vocês podem nos ensinar isso: trabalhem para que todos o entendamos. Isso é importante”, concluiu o papa.


Fonte:acidigital

sábado, 29 de janeiro de 2022

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Papa Francisco incentiva a não negligenciar a oração, que nos “abre o céu”

 

Papa Francisco na oração do Ângelus deste domingo. Crédito: Vatican Media

Vaticano, 09 jan. 22 .- Em sua mensagem antes da oração do Ângelus na festa do Batismo do Senhor, diante dos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco pediu que “não negligenciemos a oração”, porque nos “abre o céu”.

O papa destacou que “o Evangelho da liturgia de hoje nos mostra a cena com que começa a vida pública de Jesus: Ele, que é o Filho de Deus e o Messias, vai às margens do rio Jordão e é batizado por João Batista".

Após 30 anos de vida oculta, disse o papa, “Jesus não se apresenta com algum milagre ou subindo em uma cátedra para ensinar. Ele se coloca em fila com o povo que ia receber o batismo de João”.

"O hino litúrgico de hoje diz que as pessoas humildemente iam ser batizadas com a alma nua e os pés descalços", disse e destacou que é uma "bela atitude".

O papa Francisco afirmou que Jesus “não se eleva acima de nós, mas desce em nossa direção, com a alma nua, com os pés descalços, como as pessoas. Ele não vai sozinho, nem com um grupo de eleitos privilegiados, não, vai com o povo. Pertence a esse povo e vai com o povo para se batizar, com esse povo humilde”.

Em seguida, Francisco pediu para se deter "num ponto importante: no momento em que Jesus recebeu o batismo, o texto diz que ‘estava em oração’".

“Faz-nos bem contemplar isto: Jesus reza. Mas como? Ele, que é o Senhor, o Filho de Deus, reza como nós? Sim, Jesus – os Evangelhos repetem muitas vezes – passa muito tempo em oração: no início de cada dia, muitas vezes à noite, antes de tomar decisões importantes”.

“A sua oração é um diálogo, uma relação com o Pai. Assim, no Evangelho de hoje podemos ver os ‘dois movimentos’ da vida de Jesus: por um lado desce em nossa direção, às águas do Jordão; por outro lado, eleva os olhos e o coração enquanto reza ao Pai”, afirmou.

Para o papa, esta “é uma grande lição para nós: estamos todos imersos nos problemas da vida e em muitas situações emaranhadas, chamados a enfrentar momentos e escolhas difíceis que nos puxam para baixo”.

“quisermos ser esmagados, precisamos elevar tudo para o alto. E é precisamente isto que a oração faz”, disse. A oração, continuou, “não é uma via de fuga nem um ritual mágico ou uma repetição de cânticos aprendidos de cor. Não. Rezar é a forma de deixar Deus agir em nós, de compreender o que Ele quer comunicar-nos mesmo nas situações mais difíceis, para ter a força para continuar”.

“A oração nos ajuda porque nos une a Deus, abre-nos a um encontro com Ele. Sim, a oração é a chave que abre o coração ao 

Senhor. É dialogar com Deus, é ouvir a sua Palavra, é adorar: ficar em silêncio, confiar-lhe o que estamos vivendo”, afirmou.

“E por vezes é também gritar a Ele como Jó, para desabafar com Ele. Gritar como Jó. Ele é Pai, nos entende bem. Jamais fica bravo conosco. E Jesus reza”, disse.

O papa Francisco declarou que “a oração – para usar uma bela imagem do Evangelho de hoje – ‘abre o céu ’. A oração abre o céu: dá oxigênio à vida, respiro mesmo no meio dos afãs, e faz-nos ver as coisas de modo mais amplo”.

“Acima de tudo, permite-nos ter a mesma experiência de Jesus no Jordão: faz-nos sentir como filhos amados pelo Pai”, disse.

O papa afirmou que o ser filhos de Deus “começou no dia do batismo, que nos imergiu em Cristo e, como membros do povo de Deus, nos tornou filhos amados do Pai”.

Também incentivou a “lembrar a data do nosso batismo, porque é o nosso renascimento, o momento em que nos tornamos filhos de Deus com Jesus”.

Ao finalizar sua mensagem, o papa Francisco incentivou os fiéis a se perguntarem: “Como vai a minha oração? Será que rezo por hábito, sem querer, apenas recitando fórmulas? Ou será que cultivo a intimidade com Deus, diálogo com Ele, escuto a Sua Palavra?”.

“Entre as muitas coisas que fazemos, não negligenciemos a oração: tempo a ela, utilizemos invocações curtas para repetir com frequência, leiamos o Evangelho todos os dias. A oração que abre o céu”, disse.


Fonte:acidigital