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sábado, 1 de fevereiro de 2025

Santa Veridiana

Nasceu em Florença, em 1182, numa família nobre que respeitava as opções de Veridiana com relação a Deus. Ela trabalhou com um tio comerciante e o ajudou a administrar seus negócios, mas percebeu que sua vocação era muito mais do que administrar; era deixar que o próprio Deus cuidasse dela e de sua história.
Jovem de oração, de penitência e contemplação, priorizou a vontade do Senhor, por isso chegou a um ponto em que deixou tudo para seguir a vontade de Deus, trabalhando e servindo-O por meio dos pobres e peregrinos.

Na época em que administrava o comércio do tio, já ajudava os pobres. Mas, agora, ela se doava para os seus irmãos mais necessitados. Ficou gravemente ferida, quando, ao fazer uma peregrinação pelos túmulos de São Pedro e São Paulo, foi a pé e descalça pedindo esmolas. Santa Veridiana ofereceu todos esses seus sacrifícios pela conversão das pessoas.
Uma mulher possuída pelo Espírito Santo, foi dócil à vontade de Deus e viveu o restante de sua vida acamada, enferma, oferecendo-se ao Senhor, aconselhando muitas pessoas e intercedendo por todos. Seus alimentos eram pão e água.

Mulher penitente e feliz, viveu até os 60 anos de idade consumindo-se de amor a Deus para o bem dos irmãos.
Santa Veridiana, neste tempo marcado pelo hedonismo e pela busca desenfreada por prazeres, nos aponta, denuncia que não é este o caminho da felicidade, mas apenas um: Nosso Senhor Jesus Cristo.
Peça a intercessão dessa santa para que todos possam, na oração, na penitência, na doação ao irmão, encontrarmos a verdadeira felicidade.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

São João Bosco

Fazemos memória de São João Bosco, fundador e pai da Família Salesiana. Dom Bosco viveu no apostolado a frase de São Dionísio "Das coisas divinas a mais divina é cooperar com Deus para salvar as almas"
Nasceu São João Bosco em 1815 próximo a Turim. Com dois anos de idade perdeu o pai, sendo assim a mãe Dona Margarida batalhou contra a pobreza para criar seus filhos. Tamanha era a luta de Dona Margarida que diante do chamado de João ao sacerdócio disse-lhe: "Eu nasci na pobreza, vivi sempre pobre e desejo morrer pobre. Se tu desejas tornar-te padre para ficar rico, eu nunca irei te visitar" Providencialmente toda os desafios e durezas da vida fizeram do coração sacerdote de vinte e seis anos, Dom Bosco, um homem sensível aos problemas dos jovens abandonados ou que viviam longe de suas famílias como operários. Desta realidade começou a desabrochar o carisma que concretamente construiu os Oratórios, que eram - como ainda são- lugares de resgate das Almas dos jovens.
Dom Bosco nasceu em Becchi, no Piemonte, Itália, a 16 de agosto de 1815. Era filho de humilde família de camponeses. Órfão de pai aos dois anos, viveu sua mocidade e fez os primeiros estudos no meio de inumeráveis trabalhos e dificuldades. Desde os mais tenros anos sentiu-se impelido para o apostolado entre os companheiros. Sua mãe, que era analfabeta, mas rica de sabedoria cristã, com a palavra e com o exemplo animava-o no seu desejo de crescer virtuoso aos olhos de Deus e dos homens.
Mesmo diante de todas as dificuldades, João Bosco nunca desistiu. Durante um tempo foi obrigado a mendigar para manter os estudos. Prestou toda a espécie de serviços. Foi costureiro, sapateiro, ferreiro, carpinteiro e, ainda nos tempos livres, estudava música.
Queria vivamente ser sacerdote. Dizia: "Quando crescer quero ser sacerdote para tomar conta dos meninos. Os meninos são bons; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles". A Divina Providência atendeu os seus anseios. Em 1835 entrou para o seminário de Chieri.
Ordenado Sacerdote a 5 de junho de 1841, principiou logo a dar provas do seu zelo apostólico, sob a direção de São José Cafasso, seu confessor. No dia 8 de dezembro desse mesmo ano, iniciou o seu apostolado juvenil em Turim, catequizando um humilde rapaz de nome Bartolomeu Garelli. Começava assim a obra dos Oratórios Festivos, destinada, em tempos difíceis, a preservar da ignorância religiosa e da corrupção, especialmente os filhos do povo.
Em 1846 estabeleceu-se definitivamente em Valdocco, bairro de Turim, onde fundou o Oratório de São Francisco de Sales. Ao Oratório juntou uma escola profissional, depois um ginásio, um internato etc. Em 1855 deu o nome de Salesianos aos seus colaboradores. Em 1859 fundou com os seus jovens salesianos a Sociedade ou Congregação Salesiana.
Com a ajuda de Santa Maria Domingas Mazzarello, fundou em 1872 o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para a educação da juventude feminina. Em 1875 enviou a primeira turma de seus missionários para a América do Sul.
Foi ele quem mandou os salesianos para fundar o Colégio Santa Rosa em Niterói, primeira casa salesiana do Brasil, e o Liceu Coração de Jesus em São Paulo. Criou ainda a Associação dos Cooperadores Salesianos. Prodígio da Providência divina, a Obra de Dom Bosco é toda ela um poema de fé e caridade. Consumido pelo trabalho, fechou o ciclo de sua vida terrena aos 72 anos de idade, a 31 de janeiro de 1888, deixando a Congregação Religiosa Salesiana espalhada por diversos países da Europa e da América.
Se em vida foi honrado e admirado, muito mais o foi depois da morte. O seu nome de taumaturgo, de renovador do Sistema Preventivo na educação da juventude, de defensor intrépido da Igreja Católica e de apóstolo da Virgem Auxiliadora se espalhou pelo mundo inteiro e ganhou o coração dos povos. Pio XI, que o conheceu e gozou da sua amizade, canonizou-o na Páscoa de 1934.
Apesar dos anos que separam os dias de hoje do tempo em que viveu Dom Bosco, seu amor pelos jovens, sua dedicação e sua herança pedagógica vêm sendo transmitidos por homens e mulheres no mundo inteiro.
Hoje Dom Bosco se destaca na história como o grande santo Mestre e Pai da Juventude. Embora tenha feito repercutir pelo mundo o seu carisma e o sistema preventivo de salesiano, que é baseado na Razão, na Religião e na Bondade, Dom Bosco permaneceu durante toda a sua vida em Turim, na Itália. Dedicou-se como ninguém pelo bem-estar de muitos jovens, na maioria órfãos, que vinham do campo para a cidade em busca de emprego e acabavam sendo explorados por empregadores interessados em mão-de-obra barata ou na rua passando fome e convivendo com o crime.
Com atitudes audaciosas, pontuadas por diversas inovações, Dom Bosco revolucionou no seu tempo o modelo de ser padre, sempre contando com o apoio e a proteção de Nossa Senhora Auxiliadora. Aliás, o sacerdote sempre considerou como essencial na educação dos jovens a devoção à Maria.
Dom Bosco ficou muito famoso pelas frases que usava com os meninos do oratório e com os padres e irmãs que o ajudavam. Embora tenham sido criadas no século passado, essas frases, ainda hoje, são atuais e ricas de sabedoria. Elas demonstram o imenso carinho que Dom Bosco tinha pelos jovens.
Entre alguns exemplos, "Basta que sejam jovens para que eu vos ame.", "Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens.", "O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele", "Ganhai o coração dos jovens por meio do amor", "A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos."
O método de apostolado de Dom Bosco era o de partilhar em tudo a vida dos jovens; para isto no concreto abriu escolas de alfabetização, artesanato, casas de hospedagem, campos de diversão para os jovens com catequese e orientação profissional; foi por isso a Igreja reza: "Deus suscitou São João Bosco para dar à juventude um mestre e um pai".
De estatura atlética, memória incomum, inclinado à música e a arte, Dom Bosco tinha uma liguagem fácil , espírito de liderança e ótimo escritor. Este grande apóstolo da juventude foi elevado para o céu em 31 de janeiro de 1888 na cidade de Turim; a causa foi o outros, já que afirmava ter sido colocado neste mundo para os outros.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Santa Jacinta Marescotti

Muito interessante foi a vida de Jacinta Marescotti, pois foi uma Santa que se converteu no convento. Nasceu perto de Roma em 1585 numa nobre e religiosa família e seu nome era Clarice.
Quando menina Clarice a mandato dos pais ficou um tempo com religiosas franciscanas; a intenção deles sem dúvida era vida religiosa para a filha, assim como já vivia uma irmã de Clarice. Porém a jovem formosa, instruída estava muito preza as vaidades do mundo ao desejo de contrair matrimônio, por isso não só saiu do convento mas passou a experimentar todas as festas e encontros da alta sociedades. Diante da filha que fugia da vigilância e se entregava as distrações, os pais passaram a se preocupar com a salvação de sua alma, enquanto Deus com olhar de misericórdia se ocupava de salvá-la. Tendo sua irmã mais nova conseguido casar-se, Clarice se entregou a inveja e a frustação, até que resolveu ceder ao apelo dos pais quanto a vida religiosa. No convento a mocinha rica trocou o nome para Jacinta, mas não as vaidades, tanto que seu hábito era de seda e seu quarto decorado como de maneira luxuosa e principesca, causando assim um escândalo dentro e fora do convento. A vida espiritual de Jacinta era fria, suas práticas sem vida e amor; até que num momento de dor Deus conseguiu regatá-la, pois ela se abriu.
Aconteceu que seu rico pai acabou sendo assassinado, assim cairam por terra as seguranças terrenas; mais tarde uma doença levou Jacinta, não só as portas da morte, mas a consciência da sua falta de co-respondência ao Amor de Deus. Pediu um Padre para a confissão, o qual só entrou em seu quarto depois que ela mandou colocar para fora todo o luxo.
Reconciliada com o Senhor com trinta anos decidiu-se radicalmente pela santidade, ou seja, pagar com exagerado amor o amor exagerado amor de Deus. No concreto Jacinta mudou o hábito de seda por uma simples roupa, pediu perdão público, e se entregou de tal forma a santificação do Espírito Santo que pela vida de oração, pobreza e penitência chegou a ser exemplar e servir com mestra das noviças e depois superiora do convento, até que entrou no céu com cinquenta e cinco anos.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

S. Pedro Nolasco

No século XII o Espírito Santo, ocupado em redimir o presente, suscitou um cristão de rica família francesa que, desde criança, cultivava um grande amor aos pobres: São Pedro Nolasco. No seu tempo as lutas políticas e invasões dos povos árabes muito influenciavam na vida dos cristãos, tanto que uns eram obrigados a seguir deuses, outros impedidos de viver o Cristianismo e, a maioria era presa e feita escrava.
Com a morte do pai e, já terminado seus estudos humanísticos, Pedro foi para a Espanha, onde encontrou sofrimentos físicos e morais nas regiões invadidas, tanto assim que, compadecido, aplicou toda sua fortuna no resgate de cerca de trezentos cristãos. Nesta ação, mais do que um ato de caridade estava o desabrochar da nova Ordem, com a missão de conquistar a redenção dos cativos. Esta inspiração Pedro colheu do coração do Cristo crucificado.
Emitido os três votos: castidade, obediência e pobreza; em companhia, aprovado pelo rei e abençoado pelo Papa, o nome oficial foi: Ordem da Virgem Santíssima das Mercês para a Redenção dos Escravos. São Pedro Nolasco entrou no Céu em 1256, mas antes teve a alegria, mesmo à base de sofrimento, de juntamente com os mercedários, conseguir a libertação de milhares de cristãos.


terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Tomás de Aquino


Era, sem dúvida, a hora sazonada para as grandes sínteses: a síntese artística que é a catedral gótica; síntese poética da Divina Comédia; a síntese política do regime representativo - "Rex et regnum" - , que então nascia com as Cortes e os Parlamentos; e a síntese teológico-filosófica das grandes "summas".
Na revolução intelectual, havia o precedente do "renascimento científico" do século XII - um dos muitos renascimentos que de século em século precederam ao denominado Renascimento, Isto não quer dizer que o ambiente para a grande obra de Tomás de Aquino fosse propício, nem sequer pacífico. As mais acerbas controvérsias acompanharam constantemente seu labor de magistério e de pesquisador. Podemos lembrar, como exemplo, a violenta polêmica entre regulares e seculares que marcou seus primeiros anos de professorado na universidade de Paris, e, sobretudo, a mortal oposição de averroístas e antiaverroístas.
A curta vida de Sto. Tomás (1225-1274) não foi, de modo algum, tranqüila, como poderia faze-nos pensar a magnitude de sua obra. Viajou continuamente e desempenhou variadas funções: professor universitário, consultor de sua ordem junto à corte pontifícia para assuntos de governo e disciplina, pregador oficial...
Em meio a essas viagens e ocupações, lia meditava e redigia suas obras: Comentários à Sagrada Escritura, Comentários ao Mestre das Sentenças, De Trinitate e De Veritate, Summa contra gentes, Quaestiones Disputatae etc. e, sobretudo, a Summa Theologica, uma das obras fundamentais do pensamento humano, que marcou o rumo da orientação filosófico-teológica da Igreja durante meio milênio.
Sto. Tomás aparece assim como um dos grandes elaboradores do pensamento cristão. O esforço realizado pelos padres, de incorporação de cultura clássica á mensagem cristã, foi completado por Sto. Tomás no campo filosófico enxertando a filosofia recional de Aristótoles (expressão até esse momento do paganismo irreconciliável com a fé) em seu sistema teológico. Este mesmo esforço de assimilação cristã de um pensamento alheio ou hostil é o que tentaria no século XX Teilhard de Chardin com o pensamento moderno, imbuído da ciência experimental.
Pra realizar a união tão perfeita de atividade e reflexão,     o caráter de Santo Tomás foi, como o qualificou seu primeiro biógrafo, "miro modo contemplativus". A inteligência, uma afetividade profunda e a paz interior são as notas mais marcantes da vida e da obra de Tomás de Aquino.
É o padroeiro das faculdades católicas.
O estudo da sabedoria é o mais perfeito, sublime, proveitoso e alegre de todos os estudos humanos. Mais perfeito, realmente porque o homem possui já alguma parte da verdadeira bem-aventurança, na medida em que se entrega ao estudo da sabedoria. Por isso, diz o sábio: "Feliz o homem que medita na sabedoria". Mais sublime, porque principalmente por ele o homem se assemelha a Deus, que "tudo fez sabiamente"; e porque a asemelhança é causa do amor, o estudo da sabedoria une especialmente a Deus por amizade, e assim se dis dela que é "para os homens tesouro inesgotável, e os que dele se aproveitam tornam-se participantes da amizade divina". Mais útil, porque a sabedoria é o caminho para chegar à imortalidade: "O desejo da sabedoria conduz a reinar para sempre". E mais alegre, finalmente, "porque não é amarga sua conversação nem dolorosa sua convivência, na alegria e gozo".
Tomando, pois, confiança na piedade divina para prosseguir o ofício de sábio, embora exceda às minhas forças, é meu propósito manifestar, quanto seja possível, a verdade, que professa a fé católica, eliminando os erros contrários; porque servindo-me das palavras de Santo Hilário: "Considero como o principal dever de minha vida para com Deus esforçar-me para que minha língua e todos os meus sentidos falem dele".

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Santa Ângela de Mérici

No caminho de integração da mulher na ação apostólica e no serviço da sociedade, Ângela de Mérici (1474-1540) deve ser considerada uma verdadeira inovadora. Em 1535 fundou em Brescia a congregação das Ursulinas, uma instituição completamente nova, dedicada ao ensino das moças. Pelas finalidades que a inspiravam, essa instituição vinha alargar radicalmente as concepções em vigor sobre a vida religiosa.
A congregação das Ursulinas tinha como objetivo a "formação cristã das futuras mães de família, abrindo-as para as necessidades de sua geração, concepção muito original em sua época, que apenas concebia a educação cristã da moça atrás das grades de um claustro".
Igualmente criativa se manisfestava a instituição em sua organização interna. A vida religiosa para as mulheres era concebida até então como uma separação total do mundo, protegida pela clausura, sendo a oração e a panitência os meios específicos com que a religiosa deveria contribuir ao crescimento da Igreja (é bem verdade que desde o século anterior havia tentativas de harmonizar a vida religiosa feminina com o serviço aos doentes).
As Ursulinas, pelo contrário, segundo a concepção de sua fundadora, deviam ser uma associação de virgens que permaneciam em parte no seio de suas famílias e não pronunciavam votos especiais, embora se obrigassem a seguir uma regra de vida e obedecer a uma superiora. Era, na realidade, uma sociedade de vida de perfeição, mas não uma congregação religiosa.
Sob a direção de Ãngela, eleita superiora geral no capítulo de 1537, a associação desenvolvel uma natável atividade na instrução, visita aos enfermos e outras formas de caridade.
Mas a sucessora de Ângela introduziu uma modificação restritiva: adotou um hábito especial. Pouco depois, Carlos Borromeu e o papa Gregório XIII acrescentavam a vida comum e os votos simples; e Paulo V, finalmente, concedeu os votos solenes e a clausura.
Assim as Ursulinas, em sua tentativa de atualização da vida religiosa, tropeçaram nas mesmas dificuldades e resistênciais que encontraria pouco de pois S. Francisco de sales na fundação das Salesas. Pouco a pouco, contudo, ia-se abrindo um novo caminho, como o demonstrar, no mesmo século XVII a fundação das Filhas da Caridade, que adotaram definitiva ou transitoriamente várias das inovações queridas por Ângela para sua congregação.

domingo, 26 de janeiro de 2025

São Timóteo

Sua vida foi marcada pela evangelização, pela santidade de São Paulo e também de São João Evangelista. A respeito dele, certa vez, São Paulo escreveu em uma de suas cartas: "A Timóteo, filho caríssimo: graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Nosso Senhor!" (II Timóteo 1,2).
 Nesta carta, vamos percebendo que ele foi fruto de uma evangelização que atingiu não somente a ele, mas também sua família: “Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria. Confesso a lembrança daquela tua fé tão sincera que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe, Eunice e, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Timóteo 1,4-5) Por isso, São Paulo foi marcado pelo testemunho de São Timóteo, que se deixou influenciar também por São Paulo. Tornou-se, mais tarde, além de um apóstolo, um companheiro de São Paulo em muitas viagens.

Primeiro bispo de Éfeso, foi neste contexto que ele conheceu e foi discípulo de Nosso Senhor seguindo as pegadas do Evangelista João.
Conta-nos a tradição que, no ano de 95, o santo havia sido atingido por pagãos resistentes à Boa Nova do Senhor e, por isso, martirizado. São Timóteo, homem de oração, um apóstolo de entrega total a Jesus Cristo. Viveu a fé em família, mas também propagou a fé para que todos conhecessem Deus que é paz.
Peçamos a intercessão desse grande santo para que sejamos apóstolos nos tempos de hoje.

sábado, 25 de janeiro de 2025

Conversão de São Paulo

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos, que ele foi crescendo e buscando a palavra de Deus.
Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei e buscava colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita. Tornou-se, então, um grande inimigo dele; tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que apedrejam Estevão, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O interessante é que ele pensava estar agradando Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.
Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: “Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: 'Saulo, Saulo, por que me persegues?'. Saulo então diz: 'Quem és, Senhor?'. Respondeu Ele: 'Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão'. Trêmulo e atônito, disse Saulo: 'Senhor, que queres que eu faça?' respondeu-lhe o Senhor: 'Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer'. O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.

Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram, mas ele perseverou.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

São Francisco de Sales

Nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, a condessa, buscou formar muito bem o seu filho com os padres da Companhia de Jesus, onde aprendeu línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história deste santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.
Mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.
Atacado por uma tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, a resposta ele buscou com o auxílio de Nossa Senhora; por isso, foi dissipada aquela tentação. Estudou direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser sacerdote. E foi um sacerdote buscando a santidade não só para si, mas também para os outros.
No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida a mansidão do Senhor.
Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa do que responder sem amor, sem mansidão para as pessoas.
Foi fundador da 'Ordem da Visitação', mas também um exemplo para tantos religiosos como os salesianos de Dom Bosco. Eles são chamados assim por causa do testemunho de São Francisco de Sales.
Ele morreu com 56 anos, sendo que 21 anos foram vividos no episcopado como servos para todos e sinal de santidade.
Peçamos a intercessão desse grande santo para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Santo Ildefonso

Nasceu no ano de 606, em Toledo, no dia 8 de dezembro. Um homem de oração, foi discernindo a vontade de Deus também nas perdas. Ficou órfão e, em meio aos bens que possuía, fez de tudo para a construção de um mosteiro para religiosos. Um homem de discernimento, que não quer dizer sem medo, sem dificuldades.
Os santos não foram super-homens, mas pessoas de carne e osso que foram se deixando transformar por Aquele que é o santo dos santos: Jesus Cristo. Ele que, pelo poder do Espírito Santo, opera maravilhas no coração que se abre.
Santo Ildefonso, um coração aberto para as vontades de Deus, mesmo contra a própria vontade. Aconteceu que o Bispo de sua localidade havia falecido e o povo o elegeu. Ele se escondeu num convento, mas foi descoberto e aceitou este grande serviço para o povo de Deus. Foi um grande instrumento de Deus e devoto da Santíssima Virgem.
Ele propagou a Festa da Expectação de Nossa Senhora, em 18 de dezembro – Nossa Senhora do Ó, como ficou conhecida. Fruto desse amor, ele recebeu a graça de uma aparição da Virgem Maria, chamando-o de “meu capelão” e presenteando-o com uma casula do céu. Assim diz o seu testemunho.
Um homem revestido de humildade, de vida, de oração na vida sacramental, por isso foi um grande pastor para o seu povo. Não evangelizou sozinho, pois os santos bem sabiam e continuam a saber o quanto nós precisamos uns dos outros para que a evangelização aconteça, para que muitos conheçam esse doce nome que tem nosso Senhor Jesus Cristo. Os santos foram aqueles que se consumiram pelo Evangelho para que muitos conheçam Jesus Cristo.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

São Vicente


Um santo amado e citado por muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.
Nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.
Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus.
Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.
Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.
São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Santa Inês

Virgem e mártir, Santa Inês se deixou transformar pelo amor de Deus que é santo. Seu nome vem do grego, que significa pura. Ela pertenceu a uma família romana e, segundo os costumes do seu tempo, foi cuidada por uma aia (uma babá) que só a deixaria após o casamento.
Santa Inês tiva cerca de 12 anos quando um pretendente se aproximou dela; segundo a tradição, era filho do prefeito de Roma e estava encantado pela beleza física de Inês. Mas sua beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com Deus. De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta vocacional, era chamada a ser uma das virgens consagradas do Senhor; e fez este compromisso. O jovem não sabia e, diante de tantas propostas, ela sempre dizia 'não'. Até que ele denunciou Inês para as autoridades, porque sob o império de Diocleciano, era correr risco de vida. Quem renunciasse Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, se tornava um mártir. Foi o que aconteceu com esta jovem de cerca de 12 ou 13 anos.
Tão conhecida e citada pelos santos padres, Santa Inês é modelo de uma pureza à prova de fogo, pois diante das autoridades e do imperador, ela se disse cristã. Eles começaram pelo diálogo, depois as diversas ameaças com fogo e tortura, mas em nada ela renunciava o seu Divino Esposo. Até que pegaram-na e a levaram para um lugar em Roma próprio da prostituição, mas ela deixou claro que Jesus Cristo, seu Divino Esposo, não abandona os seus. De fato, ela não foi manchada pelo pecado.
Auxiliada pelo Espírito Santo, com muita sabedoria, ela permaneceu fiel ao seu voto e ao seu compromisso; até que as autoridades, vendo que não podiam vencê-la pela ignorância, mandaram, então, degolar a jovem cristã. Ela perdeu a cabeça, mas não o coração, que ficou para sempre em Cristo.
Santa Inês tem uma basílica que foi consagrada a ela no lugar onde foi enterrada.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

São Sebastião

O santo de hoje nasceu em Narbonne; os pais oriundos de Milão, na Itália, no século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à de seus irmãos!
Ao entrar para o serviço no império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do império. Sebastião ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas do mistério da Trindade.
Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.
São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. Mas um apóstata denunciou-o para o império e lá estava ele, diante de um imperador muito triste, porque era uma traição ao império. Mas ele deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o império era este serviço. Denunciou o paganismo e a injustiça.
São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensar que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem. Evangelizou, testemunhou, mas, desta vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.

domingo, 19 de janeiro de 2025

Santa Missa!!



 

São Canuto

São Canuto nasceu no ano de 1040 na Dinamarca. Filho de um rei, era sucessor natural. Mas aconteceu que, pela sua vida de oração, testemunho, caridade e justiça, quando o pai faleceu, muitos moveram-se com artimanhas para colocar seu irmão no trono de maneira injusta. Quanto à sua posição, ele não era apegado ao poder nem o queria para si, então esperou. Depois do falecimento do irmão, ocupou o seu lugar que era de justiça. Homem de Deus, um sinal para o povo, ele contribuiu para a evangelização. Primeiro, com o seu exemplo, pois acreditava que a melhor forma de educar uma nação é o bom exemplo. Ele viveu para sua esposa e para seu filho Carlos, que mais tarde se tornaria também um santo.
Pai santo, esposo santo, um governador, um homem de poderes; mas que usou esses poderes para servir, a modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo.
São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima de artimanhas por pessoas fechadas para Deus e para o bem, porque ele tinha muita sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se assemelhava ao de Jesus.
Como rei, possuiu muitos desafios e, ao perceber os inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela, ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus inimigos. Foi então assassinado.

sábado, 18 de janeiro de 2025

Santa Missa!!




 

 

Margarida da Hungria

Margarida era uma princesa, filha do rei Bela IV, da Hungria e da rainha Maria, de origem bizantina. Ela nasceu no castelo de Turoc, em 1242, logo foi batizada, pois os reis eram fervorosos cristãos. Aos dez anos, o casal real a entregou para viver e ser preparada para os votos religiosos, no mosteiro dominicano de Vespem, em agradecimento pela libertação da pátria dos Tártaros.

Dois anos depois, fez a profissão de fé de religiosa num novo mosteiro, fundado para ela por seu pai, na Ilha das Lebres, localizada no rio Danúbio, perto de Budapeste. Em 1261, tomou o véu definitivo, entregando seu coração e sua vida a serviço do Senhor, tendo uma particular devoção pela Eucaristia e Paixão de Cristo. Ela realmente, era especial, foi um exemplo de humildade e virtude para as outras religiosas. Rezava sempre, e fazia penitencias, se oferecendo como vítima proposital, para a salvação do seu povo.
Margarida, não desejou ter uma cultura elevada. Sua instrução se limitou ao conhecimento primário da escrita e da leitura, talvez apenas um pouco mais que isto. Ela pedia que lhe lessem as Sagradas Escrituras e confiava sua direção espiritual ao seu confessor, o dominicano Marcelo, que era o superior da Ordem.
Possuía um ilimitado desapego às coisas materiais, amando plenamente a pobreza, o qual unido à sua vida contemplativa espiritual, a elevou a uma tal proximidade de Deus, que recebeu o dom das visões. Ela se tornou uma das grandes místicas medievais da Europa, respeitada e amada pelas comunidades religiosas, pela corte e população. Morreu em 18 de janeiro de 1270, no seu mosteiro.

A sua sepultura se tornou meta de peregrinação, pelas sucessivas graças e milagres atribuídos à sua intercessão. Um ano depois da sua morte, seu irmão, Estevão V, rei da Hungria, encaminhou um pedido de santidade, à Roma. Mas este processo desapareceu, bem como um outro, que foi enviado em 1276. Porém na sua pátria e em outros paises, Margarida já era venerada como Santa.
Depois de muitos desencontros, em 1729 um processo chegou em Roma, completo e contendo dados de autenticidade inquestionável. Neste meio tempo as relíquias de Margarida tinham sido transferidas, por causa da invasão turca, do convento da Ilha das Lebres para o de Presburgo em 1618.
Em 1804, mesmo sem o reconhecimento oficial, seu culto se estendia na Ordem Dominicana e na diocese da Transilvânia. No século XIX, sua festa se expandiu por todas as dioceses húngaras. A canonização de Santa Margarida da Hungria foi concedida pelo papa Pio XII em 1943, em meio ao júbilo dos devotos e fiéis, de todo o mundo, especialmente pelos da comunidade cristã do Leste Europeu, onde sua veneração é muito intensa.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Santa Missa!!



 

Santo Antão

Pai do monaquismo cristão, Santo Antão nasceu no Egito em 251 e faleceu em 356; viveu mais de cem anos, mas a qualidade é maior do que a quantidade de tempo de sua vida, pois viveu com uma qualidade de vida santa que só Cristo podia lhe dar. Com apenas 20 anos, Santo Antão havia perdido os pais; ficou órfão com muitos bens materiais, mas o maior bem que os pais lhe deixaram foi uma educação cristã. Ao entrar numa igreja, ele ouviu a proclamação da Palavra e se colocou no lugar daquele jovem rico, o qual Cristo chamava para deixar tudo e segui-Lo na radicalidade. Antão vendeu parte de seus bens, garantiu a formação de sua irmã, a qual entrou para uma vida religiosa. Enfim, Santo Antão foi passo-a-passo buscando a vontade do Senhor. Antão deparou-se com outra palavra de Deus em sua vida “Não vou preocupeis, pois, com o dia de amanhã. O dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado”(Mt 6,34). O Espírito Santo o iluminou e ele abandonou todas as coisas para viver como eremita. Sabendo que na região existiam homens dedicados à leitura, meditação e oração, ele foi aprender. Aprendeu a ler e, principalmente a orar e contemplar. Assim, foi crescendo na santidade e na fama também.

Sentiu-se chamado a viver num local muito abandonado, num cemitério, onde as pessoas diziam que almas andavam por lá. Por isso, era inabitável. Ele não vivia de crendices; nenhum santo viveu. Então, foi viver neste local. Na verdade, eram serpentes que estavam por lá e , por isso, ninguém se aproximava. A imaginação humana vê coisas onde não há. Santo Antão construiu muros naquele lugar e viveu ali dentro, na penitência e na meditação. As pessoas eram canais da providência, pois elas lhe mandavam comida, o pão por cima dos muros; e ele as aconselhava. Até que, com tanta gente querendo viver como Santo Antão, naquele lugar surgiram os monges. Ele foi construindo lugares e aqueles que queriam viver a santidade, seguindo seus passos, foram viver perto dele. O número de monges foi crescendo, mas o interessante é que quando iam se aconselhar com ele, chegavam naquele lugar vários monges e perguntavam: "Onde está Antão?". E lhes respondiam: "Ande por aí e veja a pessoa mais alegre, mais sorridente, mais espontânea; este é Antão".

Ele foi crescendo em idade, em sabedoria, graça e sensibilidade com as situações que afetavam o Cristianismo. Teve grande influência junto a Santo Atanásio no combate ao arianismo. Ele percebeu o arianismo também entre os monges, que não acreditavam na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antão também foi a Alexandria combater essa heresia. Santo Antão viveu na alegria, na misericórdia, na verdade. Tornou-se abade, pai, exemplo para toda a vida religiosa. Exemplo de castidade, de obediência e pobreza.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

São Berardo e companheiros mártires

Em 1219, São Francisco enviou esses missionários para a Espanha, que estava tomada por mouros. Passaram por Portugal a pé, com dificuldades. Dependendo da Divina Providência, chegaram a Sevilha. Ali começaram a pregar, principalmente como testemunho de vida. Eram 3 sacerdotes e dois irmãos religiosos que incomodaram muitas pessoas ao anunciar o Evangelho. Acompanhado pelo testemunho, teve quem abrisse o coração para Cristo e as conversões começaram a acontecer. Pregaram até para o rei mouro, porque, também ele merecia conhecer a beleza do Santo Evangelho. Porém, anunciar o Evangelho naquele tempo, como nos dias de hoje, envolve riscos e eles foram presos por isso. Por influência do rei mouro, eles foram deportados para Marrocos e, ao chegarem lá, continuaram evangelizando; uma pregação sobre o reino de Deus, sobre o único amor que pode converter.
Graças a Deus, devido aos sinais, principalmente àquele tão concreto de Deus, que é a conversão e a mudança da mentalidade, as pessoas começaram a seguir Cristo e a querer o batismo. Mas isso incomodou também o rei mouro que, influenciado por fanáticos, prendeu os cinco franciscanos, depois os açoitou e decapitou.

Os santos mártires que, em 1220, foram mortos por causa da verdade, hoje, intercedem por nós.
São Francisco, ao saber da morte dos seus filhos espirituais, exultou de alegria, pois eles tinham morrido por amor a Jesus Cristo.