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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Imposição dos Pais na escolha da Profissão dos Filhos

Poucas coisas são mais arbitrárias do que um pai ou uma mãe escolher a profissão do filho. Esta prática absurda ainda existe no mundo e condena a vítima a ser infeliz para o resto da vida.
Um jovem possui profundo talento em informática, mas sua mãe tem a idéia fixa que ele seja médico. Sem ter muitas forças para lutar, ele faz medicina e o mundo perdeu duplamente, perdeu um excelente especialista em informática e ganhou um péssimo medico que vai odiar seus pacientes, o que é uma perda muito maior para o mundo.

Pais que obrigam seus filhos a seguirem uma profissão específica estão declarando ao Universo o seu fracasso. Uma mãe que quer que o filho seja médico ou engenheiro, nem que seja na base do porrete, ou queria ter uma dessas profissões ou sonhava em ser casada com um profissional dessas áreas. Um pai que faz seu filho virar um doutor, mesmo que seja um, mostra uma falta de segurança enorme pois o que o seu filho é, somente ele é. O Pai não fica mais doutor ou mais sábio porque o filho fez o que ele queria.
Grande parte dos jovens não tem experiência suficiente para refutar uma pressão desse gênero. Na adolescência são os pais que sustentam o que tira enormemente a liberdade de escolha do jovem. Passar no vestibular para esse futuro mau profissional é caminhar para a prisão perpétua de uma profissão insatisfatória.

Os argumentos dos pais são geralmente ligados ao mercado. Um médico nunca fica desempregado, pois sempre existirão doentes. O argumento numa primeira analise é correto, mas imagine estar numa profissão somente pelo que ela rende financeiramente? Passamos 8 horas no emprego e 16 horas acordado, estar num emprego insatisfatório e passar metade de seu tempo em estado de insatisfação. Como o mundo não melhora quando saímos do trabalho, chegar em casa com um cônjuge chato, filhos barulhentos, contas a pagar, que satisfação esse pobre condenado teria?
Uma pessoa ganha dinheiro fazendo o que gosta, é natural. Quem ganha dinheiro odiando o que faz, condena-se em muitos aspectos e condena inclusive o dinheiro, esse passa a ser um elemento de sofrimento e não um elemento de prazer como deveria ser.

Ter um filho mecânico de automóveis com as mãos cheias de graxa é melhor do que ter um filho médico. Ele será um excelente mecânico porque ama o que faz e não será um médico que pode matar por negligência. O dinheiro ganho por ele terá muito mais valor, renderá mais porque carregará prazer ao invés de sacrifício.
Alguns pais não forçam diretamente seus filhos e sim praticam a chantagem emocional. Insinuam coisa como: “Eu vou ficar velho, você precisa pensar em nos ajudar em nossa velhice”; “Pense como você será respeitado por todos com um diploma e não será um Zé Ninguém feito seu pai foi à vida inteira”; “Eu fiz sacrifício a vida inteira para te alimentar, vestir e educar e agora você quer ser ator de teatro? Isto é profissão de vagabundo!”; “`Pense quantas mulheres ficarão doidinhas por você filho se você estiver vestido de jaleco de médico?”. Esta maneira de forçar, de forma indireta dá muito mais resultados do que mandar que o filho tenha essa ou aquela profissão e trará a mesma infelicidade ao jovem.

Poucos jovens têm a certeza do que querem, mostrar profissões é positivo e aconselhável, persuadir a ter uma profissão que não se tem talento e nem vontade é abjeto e criminoso. Um jovem que tem dificuldades em matemática será o engenheiro que erra os projetos. Uma moça que tem pavor de sangue vai ser uma médica com limites enormes, é melhor ser um profissional inteiro ou meio profissional?
Muitos dos jovens forçados a serem profissionais sem vocação depois de um ou dois anos de trabalho largam tudo e vão fazer o que querem, é a libertação final só que aí já existe a lista de problemas por ter feito o que não se queria: 1º - ressentimento dos pais por ter sido forçado; 2º - sentimento de culpa por ter se dedicado tanto a algo que não vai fazer ou usar; 3º - tempo perdido em uma coisa que nada significa para a pessoa. Esta pessoa ainda é privilegiada por ter dito um não a fonte de infelicidade de sua vida. Pobre daquele que cumpre a vontade arbitraria de seus pais até o fim da vida.

Quem tem um filho que não sabe o que quer escolher como profissão, mostre várias possibilidades, incentive-o a conhecer muitas áreas de atuação profissional. Se seu filho já escolheu e você acha um erro sua escolha, primeiro descubra em você o porque acha a escolha dele um erro, aprofunde-se em sua reflexão. Depois de ter a certeza, argumente com ele procurando saber porque ele escolheu esta profissão e ouça os argumentos dele, se forem argumentos concretos reveja sua posição, se forem argumentos frouxos ele vai pensar bastante e escolher baseado em apoio real e não em imposição. Se ele teimar em sua escolha, deixe que siga o caminho, ele pode acertar e apaziguar seu coração de pai ou de mãe que descobrirá que estava errado. Se ele errar sempre há oportunidades de acertar depois. Orgulhe-se de seu filho pela capacidade de acertar e errar, pela capacidade de cair e se levantar, pela capacidade de encontrar sozinho seus próprios caminhos e não pela passividade de fazer o que você determinou a ele contra a vontade daquele que você ama.


 

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